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Governo quer corrigir o FGTS; entenda como isso te afeta

O governo tem uma proposta para corrigir o FGTS. Se ela for aprovada, isso pode te agetar diretamente; entenda os detalhes.

O governo está buscando uma importante alteração no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) que pode impactar diretamente sua vida. A proposta em discussão junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) prevê a mudança no índice de correção.

A principal mudança será no índice de correção da poupança a partir de 2025. A proposta do governo é que a correção das contas do FGTS seja feita usando o mesmo índice de correção da poupança.

Isso tem implicações significativas, uma vez que a poupança é uma aplicação considerada mais conservadora do que outros investimentos. Acompanhe o texto para entender mais detalhes sobre como a correção do FGTS pode te afetar.

Qual é a justificativa do governo para corrigir o FGTS?

Entre 2023 e 2024, os cotistas do FGTS teriam direito à distribuição integral do lucro anual do fundo. O piso de rendimento corresponde à inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No entanto, essa mudança proposta pode afetar o setor de financiamentos habitacionais, como o programa Minha Casa, Minha Vida. O programa habitacional depende fortemente dos recursos do FGTS.

Nesse sentido, a justificativa é que usar a correção da poupança poderia encarecer esses financiamentos. O ministro do STF, que também é relator deste processo, argumenta contra a fórmula usada.

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A discordância do Ministro Barroso

Barroso destaca que discorda da fórmula atual de correção das contas do FGTS e defende a mudança para a correção da poupança. Ele comentou que o fundo garantidor serve para que o trabalhador desempregado tenha proteção financeira.

Em vista disso, as centrais sindicais solicitaram o adiamento do julgamento para permitir negociações com representantes de alguns órgãos e instituições do Estado. Isso inclui o Ministério do Trabalho, a Caixa Econômica Federal (CEF) e a Advocacia-Geral da União (AGU).

Nesse sentido, eles buscam uma solução que não prejudique o uso do FGTS para políticas públicas, como saneamento básico e habitação, enquanto o patrimônio dos trabalhadores é preservado.

Quase 10 anos de revisão do FGTS

Essa revisão do FGTS começou em 2014, quando uma ação no STF apontou perdas consideráveis para os trabalhadores. Portanto, a proposta é substituir a Taxa Referencial (TR) por um índice de inflação, que refletiria mais fielmente a realidade econômica.

A decisão terá impacto significativo nas finanças de milhões de pessoas, afetando diretamente seus investimentos em FGTS e sua capacidade de acesso a financiamentos habitacionais. Por fim, a questão continua sob análise.

Imagem: Antonio Salaverry/shutterstock.com