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Inadimplência no Nubank é menor que em outros bancos; entenda os motivos

Enquanto o Itaú BBA acredita que a alta da inadimplência gera o risco de o Nubank precisar diminuir a concessão de crédito, os analistas do UBS BB apontam que os índices da fintech são menores que os dos bancos tradicionais.

Embora tenha mais usuários de baixa renda em sua carteira, a inadimplência superior a 90 dias do Nubank era de 3,5% ao final do ano passado, abaixo da média do sistema financeiro do Brasil (5%).

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Nubank possui uma parcela muito maior de recebíveis de cartão sem juros, diz o relatório

Segundo o que consta no relatório, o Nubank tem uma parcela bem maior de recebíveis de cartão sem juros, que possuem um índice de inadimplência zero (69% vs. 52% para o sistema financeiro brasileiro) e reduzem o índice geral.

“Uma das maneiras de obter um limite de crédito maior é pagar todo o saldo do cartão de crédito em dia. Isso provavelmente desencoraja o uso de empréstimos rotativos por clientes que estão tentando aumentar seu limite de crédito”, informa o relatório do UBS BB.

Além disso, os analistas explicam que o crédito ao cliente também representa uma parcela abaixo dos empréstimos do que no sistema financeiro como um todo.

Limite de crédito do Nubank

De acordo com o que entendem os analistas do UBS BB, a mínima presença do Nubank nos empréstimos rotativos é ocasionada pela abordagem de crédito, já que a fintech inicia com um limite bem pequeno que cresce com o passar do tempo.

O que falam os analistas do Itaú BBA sobre a inadimplência do Nubank

Para os analistas do Itaú BBA, a alta da inadimplência traz o risco do Nubank precisar, eventualmente, diminuir a concessão de crédito, retardando o ritmo de monetização. A estimativa para o resultado da fintech este ano passou para um prejuízo de mais de R$ 1,1 bilhão.

Segundo o relatório, o período que impossibilita grandes investidores do Nubank de vender seus papéis termina em 7 de junho. No entanto, eles afirmam que não estão muito preocupados com uma casual pressão vendedora sobre as ações. 

Ainda para os analistas, o Brasil recentemente tem atraído mais investidores globais e o tipo de acionista que o Nubank possui é de longo prazo, logo, não se permitiria influenciar tanto por retornos de curto prazo.

Ademais, o Itaú BBA também aponta que o país pode ser dos primeiros emergentes a substituir um ciclo de aperto monetário por um de afrouxamento.

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Imagem: rafapress / Shutterstock.com