Itaú BBA recomenda venda do Santander (SANB11)
Os analistas do Itaú BBA, ligaram o sinal de alerta quanto ao Santander Brasil (SANB11) e passaram a recomendar a venda do papel e classificaram o banco com nota “underperform”, que significa que a previsão é que a instituição tenha um desempenho abaixo da média do mercado.
O Itaú BBA, que estabeleceu ontem o preço da ação à R$ 31,30, hoje, colocou um preço abaixo, porém justo, de R$ 31,00. Ontem (28), a ação do Santander caiu 2,28% e, assim, por volta das 12:30h o preço do papel estava a RR$ 31,24.
“O banco está entrando num período de alta mais pronunciada da inadimplência”, de acordo com o relatório feito pelos analistas do Itaú BBA enviado a clientes.
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Baixa estimativa de lucro
Para o Itaú BBA, as provisões e custos operacionais devem continuar em crescimento em um ritmo maior do que a receita líquida.
Por isso, houve uma redução nas estimativas de lucro por parte dos analistas, estabelecendo para o ano um lucro de 5%, para R$ 14,7 bilhões, com uma rentabilidade de 18,6%.
Inadimplência piora o cenário
A previsão do Itaú BBA é que no segundo semestre haverá uma pressão maior sobre a inadimplência, que deve chegar em 2022 a 3,6%, acima do nível pré-pandemia, quando era de 3,0%.
O índice de cobertura total de 215%, segundo o Itaú BBA, está próximo da média histórica de 200% e não caberia uma aceleração da inadimplência.
“Portanto, esperamos que o lucro piore nos próximos trimestres”, dizem os analistas.
Outros bancos
Por mais que o rebaixamento da nota do Santander Brasil (SANB11) seja devido ao risco de inadimplência, não se estende a outros grandes bancos, principalmente ao Banco do Brasil, escolha principal do Itaú BBA para o setor.
“BB é menos sensível ao crédito de pessoa física, o que significa menor pressão de inadimplência”, disse o Itaú BBA.
Bancos Digitais
Em relação aos bancos digitais, a visão é outra. A apreensão com o crédito no público pessoa física são legítimas e causaram uma recente revisão das previsões para o Nubank.
Inadimplência no Santander (SANB11)
O aumento da inadimplência foi o maior destaque negativo do balanço do Santander no primeiro trimestre. O índice de empréstimos em atraso superior a 90 dias subiu 0,9 p.p. no ano, para 4% entre pessoas físicas, e para empresas, no mesmo período, houve um aumento de 0,77 p.p. no ano, atingindo 2,9% em março de 2022.
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Imagem: BGStock72 / Shutterstock.com
