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Itaú mantém recomendação de venda do Nubank e ainda prevê prejuízo no 1º tri

O Itaú BBA manteve sua recomendação de venda do Nubank e reduziu o preço-alvo de US$ 7 para US$ 6,60. Ontem (25), a fintech fechou em alta de mais de 3% na Bolsa de Nova York, a US$ 6,92.

Os analistas afirmam que se sentiram tentados a mudar a sugestão após a queda do papel e a valorização do real, mas acabaram decidindo esperar para ver como será o resultado do primeiro trimestre. Eles preveem prejuízo de R$ 193 milhões no período.

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A incerteza sobre a qualidade do crédito só está aumentando

No relatório, os analistas dizem que a incerteza sobre a qualidade do crédito só está crescendo, enquanto os custos de funding estão pressionando a margem. Além disso, ainda em relação ao Nubank, eles apontam que: 

“Nossa visão se baseia em desafios cíclicos e estruturais para justificar valuations altos. A alta cíclica da inadimplência já foi parcialmente precificada, mas está apenas começando a aparecer. Dados marginais sugerem que ela pode ser mais rápida e mais forte do que anteriormente esperado”, informou o relatório.

Nubank deve continuar captando clientes

Do ponto de vista da equipe do Itaú BBA, o Nubank deve continuar captando clientes, com aumento de 5 milhões nos primeiros três meses do ano, alcançando um total de 59 milhões. Eles apontam que o crescimento do crédito deve permanecer em “impressionantes” 15%, finalizando o trimestre com uma carteira de R$ 42 bilhões.

No entanto, pensando por outro lado, a rápida expansão da carteira também deve aumentar as provisões. Os analistas acreditam que a inadimplência do Nubank deve crescer 0,6 ponto percentual na passagem do quarto para o primeiro trimestre, a 4,1%. No final deste ano, ela alcançaria 5,5%.

Alta da inadimplência gera o risco de o Nubank precisar diminuir a concessão de crédito

Para o Itaú BBA, a alta da inadimplência traz o risco de o Nubank precisar, eventualmente, diminuir a concessão de crédito, retardando o ritmo de monetização. A estimativa para o resultado da fintech este ano passou para um prejuízo de mais de R$ 1,1 bilhão.

Segundo o que apontam os analistas, o período que impossibilita grandes investidores do Nubank de vender seus papéis termina em 7 de junho. No entanto, eles afirmam que não estão muito preocupados com uma casual pressão vendedora sobre as ações.

Ainda para o time, o Brasil recentemente tem atraído mais investidores globais e o tipo de acionista que o Nubank possui é de longo prazo, logo, não se permitiria influenciar tanto por retornos de curto prazo.

Ademais, o Itaú BBA também aponta que o país pode ser dos primeiros emergentes a substituir um ciclo de aperto monetário por um de afrouxamento.

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Imagem: Jo Galvao / Shutterstock.com