Justiça decreta falência da Ricardo Eletro
Confira os motivos que levaram a Justiça a tomar decisão.
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No dia 08 de junho, a Justiça de São Paulo decretou a falência da Máquina de Vendas, grupo proprietário da Ricardo Eletro. Em agosto de 2020, a empresa solicitou recuperação judicial, quando acumulava pelo menos R$ 4 bilhões em dívidas e anunciou o encerramento das atividades das 300 lojas físicas da rede.
Decisão Judicial
O esvaziamento patrimonial da companhia foi considerado na decisão do juiz Leonardo Fernandes dos Santos, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro da Comarca de São Paulo, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
A Laspro Consultores foi mantida pelo magistrado como administradora judicial, tendo como representante Nestor de Souza Laspro.
Pedro Bianchi, presidente da Máquina de Vendas, afirmou na última quinta-feira (9) que a empresa foi pega de surpresa e que já recorreu da decisão.
“Nós temos 17 mil credores e nenhum deles pediu a nossa falência. Não houve questionamento da Justiça à empresa. E esse esvaziamento patrimonial que teríamos feito foi a baixa no estoque pelo fechamento das lojas. São recursos que fomos consumindo na operação até a homologação do plano de recuperação judicial. Tudo conforme”, contou o executivo.
Ainda de acordo com Bianchi, 75% dos credores aprovaram o plano de recuperação em assembleia realizada em setembro de 2021.
Fundador da Ricardo Eletro é denunciado por sonegação
Na última terça-feira (14), o fundador da Ricardo Eletro Ricardo Nunes e o então diretor Pedro Daniel Magalhães foram denunciados pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por suspeita de sonegação de mais de R$ 86 milhões entre junho de 2016 e maio de 2018.
Em novembro de 2020, Ricardo Nunes e Pedro Magalhães já haviam sido denunciados pelo mesmo crime, contudo no período entre 2012 e 2017.
De acordo com o Ministério Público, a suspeita é que Ricardo Nunes foi o causador das dívidas que levaram a empresa à falência, pois transferia para si e para seus parentes os lucros conquistados com a sonegação fiscal.
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Imagem: Divulgação / Ricardo Eletro