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Levantamento aponta qual dos últimos governos foi melhor para os bancos no Brasil

Confira os números dos 5 maiores bancos brasileiros e veja qual governo possibilitou os maiores lucros para cada um deles.

A dúvida sobre qual governo brasileiro foi mais lucrativo para os bancos no Brasil foi apurada pela plataforma online Economatica e mostrou que, mesmo com as trocas de governo, houve uma semelhança dos ganhos de forma contínua ao longo dos anos. 

Confira a seguir os dados, já atualizados pela inflação correspondente de cada período.

Lucro dos bancos públicos foram tão altos quanto dos privados

Mesmo com ótimos números de lucro anual de instituições como Itaú, Santander e Bradesco, os números do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal também foram significativos. O que mostra que, mesmo com governos de alinhamentos distintos, as instituições financeiras se mantiveram com uma alta margem de lucro.

No caso do Banco do Brasil, os maiores índices foram registrados no primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, entre 2011 e 2014. Na ocasião, o BB registrou ganhos de mais de R$ 90 bilhões, valor próximo ao do mandato de Jair Bolsonaro (PL), que atingiu R$ 89 bilhões.

Por sua vez, o Itaú atingiu seu ápice também no primeiro mandato de Dilma, quando acumulou R$ 111 milhões de lucro. Bradesco e Santander tiveram o auge favorável durante o governo Bolsonaro, que mesmo com a pandemia, obtiveram, respectivamente, R$ 91 bilhões e R$ 61 bilhões.

Já a Caixa Econômica Federal obteve lucro de R$ 17,3 bilhões em 2021. Ainda que inferior aos demais, é importante considerar que a instituição é 100% pública e não foca no lucro como prioridade, uma vez que é responsável pelas ações sociais do governo.

Governos diferentes deram maior lucro a bancos distintos

De modo geral, é possível determinar, de acordo com o maior lucro da história de cada banco, a seguinte tabela:

  • Itaú | 2015 – Governo Dilma | R$ 111 bilhões;
  • Bradesco | 2019 – Governo Bolsonaro | R$ 91 bilhões;
  • Banco do Brasil | 2014 – Governo Dilma | R$ 90 bilhões;
  • Santander | 2019 – Governo Bolsonaro | R$ 61 bilhões;
  • Caixa Econômica Federal | 2021 – Governo Bolsonaro | R$ 17,3 bilhões

Contudo, para explicar alguns destes números, a pesquisa leva em conta dados importantes como, por exemplo, o contexto macroeconômico. Dentre eles, a Taxa Selic em alta entre 2015 e 2022, onde os juros chegaram próximos a 14%.

Segundo especialistas do mercado financeiro, o desempenho dos bancos poderia ter sido ainda maior, não fosse a alta inflação dos últimos anos e a pandemia da Covid-19. Além disso, os resultados positivos constantes do BB se explicam pela instituição possuir uma carteira com menores índices de inadimplência. Por exemplo, do agronegócio e do funcionalismo público.

Por fim, a expectativa para 2023 é de um crescimento menor, principalmente pelo rombo bilionário das Americanas. Isso porque há o risco de um calote da empresa, que poderia impactar negativamente nos ganhos da maior parte dos bancos brasileiros.

Imagem: Lemonsoup14 / shutterstock.com