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Mais pobres acabam não sendo “beneficiados” pela deflação

O Brasil teve deflação de 0,68% em julho, influenciado pela queda nos preços de combustíveis e energia elétrica. Saiba mais

Tempo estimado de leitura: 3 minutos

O Brasil teve deflação de 0,68% em julho, influenciado pela queda nos preços de combustíveis e energia elétrica. Assim, essa primeira diminuição no indicador desde maio de 2020, auge da pandemia da Covid-19.

Contudo, o alívio nos preços não impacta no orçamento das famílias da mesma maneira, pois a classe média nota no bolso diretamente o efeito da queda como gasolina e conta de luz. Já no orçamento dos mais pobres, a alimentação tem maior peso no bolso e continua em alta.

Teto do ICMS

Com o teto do ICMS, tributo estadual, sobre itens como combustível, energia e telecomunicações a 17% (ou 18%, dependendo do estado) teve um papel importante na deflação do IPCA.

Ademais, contribuiu para este resultado a redução em R$ 0,20 do preço da gasolina no dia 19 de julho. Descontos concedidos na conta de luz por dez distribuidoras, conforme estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), também influenciaram.

Queda nos setores

Dessa forma, o setor de Transportes teve queda 4,51% em julho. Apenas a gasolina registrou queda de 15,48%, e o etanol, de 11,38%. Já a conta de luz teve redução de 5,78% no mês passado. Contudo, a queda acentuada no preço da gasolina não tem maior impacto para famílias de renda mais baixa. 

“Quanto mais você desce na distribuição de renda, menor é o peso da gasolina na cesta. A queda na inflação foi mais forte para quem tem renda mais alta”, avalia Luciano Sobral, economista-chefe da Neo Investimentos.

Alimentos e bebidas

Entretanto, o setor de Alimentos e bebidas subiu 1,3% em julho. Dessa forma, em 12 meses, acumulou alta de 14,7%.

“A alimentação está acima da inflação média. Para cada compra que a família faz, ela leva cada vez menos itens para casa. Não podemos falar de redução da inflação quando ela não está acontecendo para as famílias de baixa renda. Os alimentos, que são o grande desafio, estão com inflação real”, diz André Braz, economista e pesquisador do Ibre/FGV.

Itens em alta

O leite longa vida subiu 25,46% em julho. Dessa forma, os preços de derivados do leite como queijo e manteiga avançaram 5,28% e 5,75%, respectivamente.

Já a alimentação em casa subiu de 0,63% em junho para 1,47% em julho. As frutas tiveram alta de 4,4% no mês.

De acordo com o levantamento da Suno Research, os itens da cesta básica, como café, óleo de soja, açúcar, margarina, leite e pão, acumulam altas de 17% a 66% em um ano.

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