Procon diz que novas regras do Pix podem elevar duração de sequestros
O presidente do Procon-SP, Fernando Capez, não parece otimista em relação às mudanças no Pix.
Na última segunda-feira (04), o presidente do Procon-SP, Fernando Capez, disse que a limitação de R$ 1 mil nas transferências e pagamentos feitos por pessoas físicas no Pix pode ter um efeito contrário. Segundo ele, as novas regras do Pix podem aumentar o tempo dos sequestros que envolvem a forma de pagamento. Confira os detalhes abaixo.
Limite noturno para transferências via Pix inicia nesta semana
Procon diz que novas regras do Pix podem elevar duração de sequestros
Ao UOL, o Banco Central disse que entende “a relevância do tema segurança e se solidariza com as vítimas de crimes e fraudes”. No entanto, afirma “que as transações com suspeita de fraude no âmbito do Pix representam apenas 0,0011% da quantidade total de transações. Ou seja, uma parcela ínfima em relação ao universo de operações realizadas, que se mantém constante ao longo do tempo”.
Desde a última segunda, as transferências e os pagamentos feitos por pessoas físicas das 20h às 6h estão limitadas a R$ 1 mil no Pix. A medida aprovada pelo Banco Central (BC) em setembro tenta coibir as fraudes, os sequestros e os roubos noturnos.
Por outro lado, as contas das pessoas jurídicas não se enquadram nas novas regras do Pix. A restrição vale não somente para as transações por Pix, mas também para os meios de pagamento tradicionais, TED, DOC, boleto e as compras com os cartões de débito.
De acordo com Capez:
“A limitação de transferência das 20h às 6h da manhã pode gerar um efeito contrário, que já ocorreu com bancos 24 horas, ou seja, a vítima permanecer em poder dos sequestradores durante toda a noite até o amanhecer. Ela é abordada de madrugada e fica em poder do sequestrador mais 3 ou 4 horas, então, nós pretendemos amenizar essa medida com outras providências que vamos sugerir ao Banco Central”.
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Imagem: Victoria Denisova / Shutterstock.com
