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Novo secretário-executivo da Fazenda pode agradar investidores

Foi escolhido o novo secretário-executivo da Fazenda, cuja indicação pode melhorar a relação com investidores. Entenda o caso!

Após nomeação de Fernando Haddad como o novo Ministro da Fazenda por Luís Inácio Lula da Silva (PT), muitos investidores e banqueiros ficaram incomodados.

Contudo, a escolha de Haddad em relação ao novo secretário-executivo da Fazenda pode ter transformado esse cenário.

O convite do futuro ministro foi para o economista e ex-banqueiro, Gabriel Galípolo, cujo papel foi muito importante na reeleição de Lula.

Quem é o novo secretário-executivo da Fazenda?

Gabriel Galípolo é graduado em Ciências Econômicas e tem mestrado em Economia Política, ambos os cursos realizados na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Em resumo, sua trajetória profissional perpassou experiências no setor público e privado, englobando funções de assessoria econômica, estruturação de projetos, administração, pesquisa e docência.

Neste sentido, destaca-se a sua atuação no núcleo de Economia Política do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), suas experiências como ex-diretor do Banco Central e ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES).

Compreenda o raciocínio de Galípolo sobre o governo de Lula

Em suma, o novo secretário-executivo da Fazenda esclarece que um dos desafios de Lula se encontra na criação de parcerias público-privadas. Para Gabriel, a medida seria essencial para o crescimento econômico do país.

Além disso, Gabriel Galípolo apoia reformas trabalhistas e tributárias — dois temas muito importantes não apenas para este ministério, mas para toda a economia brasileira. Destacou, inclusive, situações autônomas que têm gerado muitos conflitos, como o caso da Uber. Segundo Galípolo:

“Há uma mudança cultural em curso, que passa por discutir desde o vínculo de um motorista com a Uber, como o entregador de um aplicativo de comida, ao agente autônomo do mercado financeiro”.

Afinal, de acordo com o novo secretário, “é uma relação mais complexa do que simplesmente estabelecer um vínculo empregatício a partir dos moldes da antiga legislação”.

Apesar da temática ser um ponto sensível entre o grupo de empresários brasileiros e a equipe do governo de Lula, Galípolo acalma os dois lados. O economista reforça a possibilidade de um meio-termo:

“A proposta de uma nova visita à questão da reforma trabalhista não significa desfazer tudo que foi feito, que me parece ser o maior receio do mercado, mas sim olhar para a frente”.

Sua análise enquanto economista também avalia a questão do teto de gastos, exposta na PEC da Transição. Segundo ele, o maior problema em ter estabelecido o teto foi que não realizaram um estudo qualitativo das despesas governamentais.

“Vários custos que têm um crescimento orgânico, com reajustes, muitas vezes, acima da inflação, foram crescendo e expulsando das despesas o que nós chamamos de recursos discricionários, que não raramente são os mais essenciais”, argumenta Galípolo.

Imagem: Fábio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil