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Votações no Congresso são suspensas por partidos que querem aumentar valor do auxílio emergencial

Caso a Medida Provisória 1000/20 seja aprovada, auxílio emergencial pode voltar a ser de R$ 600.

Nesta terça-feira (20), o Plenário da Câmara dos Deputados teve que adiar várias votações que ocorreriam hoje. O motivo foi uma espécie de “greve” de deputados que querem aumentar o valor do auxílio emergencial para R$ 600. Hoje, o valor do benefício está em R$ 300, ou seja, metade do valor pago no início da pandemia de covid-19. Saiba mais detalhes no texto a seguir.

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Deputados exigem votação de MP que pode aumentar valor do auxílio emergencial

Na votação de hoje, somente 207 deputados marcaram presença no painel eletrônico, o que levou ao cancelamento das votações. Deputados dos partidos PT, PDT, PSB, PCdoB, PSOL e Rede obstruíram a votação porque exigem que a Medida Provisória (MP) 1000/20 seja votada. Essa MP tem o objetivo de aumentar o valor das últimas parcelas do auxílio emergencial para R$ 600.

Outras 4 partidos também obstruíram a votação, mas por motivos diferentes. Avante, PL, PP e PSD estão em obstrução por causa de disputas na instalação da Comissão Mista de Orçamento e da sucessão da Presidência da Câmara. No entanto, tal votação deve ocorrer em fevereiro do ano que vem.

No fim de semana, Rodrigo Maia, presidente da Câmara, pediu aos deputados que retomassem a agenda de votações.

Auxílio emergencial

“Enquanto não se pautar a MP 1000, seguiremos em obstrução”, explicou a líder do PSOL, Sâmia Bomfim (Psol-SP). De acordo com a deputada, “não há nada mais importante neste momento do que corrigir esta injustiça. As famílias brasileiras não conseguem colocar comida na mesa e pagar as contas. O Orçamento de Guerra foi aprovado pela Câmara até o fim do ano.”

A vice-líder da Minoria Jandira Feghali (PCdoB-RJ), cobrou dos partidos da base do governo explicações sobre os motivos de entrarem em obstrução. “Que fique claro quais são os acordos não resolvidos. Certamente não é por conta da MP 1000.” Além disso, Jandira Feghali também lamentou a falta de debate sobre o Orçamento de 2021. “Está retirando dinheiro do SUS, da Educação, da Ciência e Tecnologia. O teto de gastos impede que o recurso vá aonde precisa.”

Controle de gastos

Por outro lado, o vice-líder do bloco PL-PP-PSD-SOLIDARIEDADE-AVANTE Marcelo Ramos (PL-AM) alertou para o aumento da dívida pública caso seja elevado o valor do auxílio emergencial, com “graves consequências no médio e longo prazo”. Conforme o deputado, “a retomada de investimento público deve estar limitada pela responsabilidade fiscal”.

“O Brasil já assistiu isso num passado recente. Todo populismo fiscal tem consequências graves. Dá um suspiro de crescimento e de diminuição de desigualdades, mas depois leva o povo para um sofrimento ainda maior, para uma crise ainda maior e para uma desigualdade ainda maior.”

Marcelo Ramos também lamentou a obstrução de deputados da base aliada. “Eu espero que os líderes tenham capacidade de diálogo, superem esta crise decorrente da falta de definição da Comissão Mista de Orçamento e cheguem a um acordo. O Brasil não pode ficar paralisado porque os líderes da Câmara resolveram disputar esse espaço.”

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Fonte: Agência Câmara de Notícias

Imagem: Brenda Rocha / Shutterstock