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Maia cogita aceitar pedido de impeachment contra Bolsonaro

Maia pode fechar mandato com uma atitude extrema.

Em uma reunião no final da noite de domingo (31), Maia afirmou que pode fechar seu mandato aceitando os muitos pedidos de impeachment contra Bolsonaro e governo reage à declaração.

A declaração de Maia sobre aceitar o pedido de impeachment contra o atual presidente, Jair Messias Bolsonaro, não foi exatamente uma surpresa, mas ainda assim deixou o cenário político bastante agitado nos últimos dias.

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Com o Brasil passando por uma série de problemas financeiros em meio a uma pandemia mundial, o cenário político nunca foi tão agitado.

Devido a isso, a pressão sobre o governo vem aumentando em uma reunião tensa e cheia de interesses contrariados que foi realizada na noite deste domingo (31), na casa do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

Rodrigo Maia e alguns líderes de partidos reagiram ao que parece ser mais um golpe do governo Bolsonaro contra seus opositores. 

Tudo começou com a informação de que o partido DEM abandonaria o atual deputado Baleia Rossi (do MDB), para apoiar o também deputado Arthur Lira (PP-AL) na disputa pela Presidência da Câmara. 

Segundo os relatos, Antônio Carlos Peixoto de Magalhães Neto, atual presidente do DEM, informou ao Maia, bem como aos demais membros da casa, que 16 deputados do partido teriam decidido votar em Arthur Lira, o candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Essa mudança de apoio pegou Maia de surpresa e causou uma reação extrema, mas não inesperada.

Com essa debandada, Baleia Rossi ficaria com apenas o apoio de 15 deputados da sigla o que significaria o fim de sua candidatura de uma vez por todas. E uma vez sem o apoio do DEM, não haveria chance de vitória para ele.

Uma reação decisiva

Pego de surpresa, Maia não tardou em reagir de forma extrema. Ele afirmou que isso era nada menos que um golpe provocado pelo grupo liderado informalmente por Bolsonaro. Com isso, o presidente da República não deixa opções e uma retaliação parece ser a única opção.

Maia então afirma ser forçado a aceitar os repetidos pedidos de impeachment que vêm sendo protocolados contra o presidente da república.

Vale lembrar que este tipo de pedido apenas pode começar a tramitar legalmente depois de aprovado pelo presidente da Câmara e até então, mesmo sofrendo pressão constante, Maia havia se recusado a aceitar estes pedidos.

Maia deixa a presidência da Câmara hoje (01/02), o que tornaria este o ato final de seu mandato, caso ele realmente decida aceitar os pedidos de impeachment que vêm se avolumando a cada dia.

Pressão dos dois lados

Os demais deputados e políticos em geral presentes na reunião fazem pressão para que Maia aceite não apenas um, mas todos os pedidos de impeachment atualmente protocolados contra Bolsonaro que já lotam gavetas.

Contudo, existe também a pressão contraria. Afinal, alguns dos amigos de Maia acrescentam que essa atitude no último dia de seu mandato seria um ato de “casuísmo”.

Segundo essas pessoas, Maia não fez nada para desafiar o presidente durante dois anos e seria mal visto ao fazer algo desta natureza em seu último dia no cargo.

Existe possibilidade de impeachment? 

Alguns dos políticos mais experientes acreditam que as chances de que o impeachment seja realmente consumado são baixas até o presente momento momento.

No entanto, o desgaste necessário para derrotar cada um dos pedidos seria significativo, o que para a oposição seria uma pequena vitória contra o governo do presidente Bolsonaro. Desta forma, caso Maia decida aceitar os pedidos que estão sendo protocolados, essa seria considerada uma dor de cabeça longa e cansativa para o atual governo.

Vale lembrar que mesmo com a aprovação de Maia para o impeachment, o plenário ainda teria um recurso para tentar anular todo este processo.

Além disso, as chances de que o processo seja eliminado ainda no começo são relativamente grandes, mas acabariam forçando a população a falar sobre o assunto e deixaria claro as posições e interesses políticos de todos no cenário, o que pode estar longe de ser uma escolha simples para quem procura a reeleição nos próximos anos. 

Esquerda também reage

Alguns representantes da esquerda também estavam na reunião e prometeram reagir contra o movimento do DEM.

Entre os presentes, estavam representantes do PT, que afirmaram que caso o DEM retire seu apoio à Baleia, o PT vai retirar também seu apoio ao Rodrigo Pacheco que concorre à presidência do Senado. 

Sem o apoio dos partidos de esquerda, a candidatura de Pacheco passaria a correr risco, o que deixaria também o DEM fora da zona de conforto, mudando de vez o panorama político atual. 

Já Antônio Carlos Magalhães Neto ouviu todas as reações sem se pronunciar e, mais tarde, reunido com o comando do partido, informou que sua posição partidária atual seria de completa neutralidade. 

Essa escolha, entretanto, foi mal vista pelo grupo de Maia, que exige um posicionamento forte dos colegas.

Seja como for, a situação parece estar cada vez mais tensa e vai se estender durante todo o dia 1º de fevereiro, até que Maia decida tomar a sua decisão final. 

Impacto para o povo

Enquanto não temos uma decisão definitiva sobre os pedidos de impeachment contra Bolsonaro, a população segue sem pensar em impeachment, mas lidando com a pandemia, que parece estar em sua fase mais crítica, e sem poder contar com o auxílio emergencial. Isso sem dúvida faz com que o público no geral não esteja realmente focado em movimentos políticos que podem ou não acontecer.

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Imagem: Marcelo Chello / Shutterstock.com