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Pequeno empreendedor: como reduzir a inadimplência em tempos de pandemia?

A crise causada pela pandemia de Covid-19 sem dúvida afetou muito o bolso de grande parte da população brasileira. Com menos renda, aumentaram as dívidas e os atrasos no pagamento de contas. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, publicada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, mostra que a taxa de inadimplência do Brasil nos últimos meses está entre as maiores da história.

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Em setembro, o percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso era de 26,5%, enquanto a parcela daquelas que se declararam sem condições de fazer esses pagamentos ficou em 12%. Em 2019, esse segundo indicador era de 9,6% no mesmo mês.

“Uma das principais razões para a quebra de empresas é a inadimplência, afinal, como crescer e inovar com o fluxo de caixa emperrado por dívidas dos clientes? A situação se torna uma bola de neve e é ainda pior para pequenos negócios. Se um cliente deve R$ 100, eles não estarão perdendo somente este dinheiro, mas também o investimento, gastos com fornecedores, entrega etc. No fim, a conta dobra de tamanho”, reforça Piero Contezini, CEO do Asaas, fintech que oferece uma plataforma completa para gestão de pagamentos para micro e pequenos empreendedores.

É preciso negociar saídas com os clientes para reduzir a inadimplência

Sendo assim, diante desse cenário, as empresas precisam ter disposição para negociar saídas com os clientes. Descontos, opções de parcelamento ou disponibilidade de meios de pagamento alternativos podem ajudar não só na quitação da dívida, mas também na manutenção de um bom relacionamento com o cliente. Para isso, também é importante que a cobrança do atraso não venha das mesmas pessoas que são responsáveis pelas vendas.

Conforme Piero, “alguns empreendedores deixam de receber por terem medo de se indispor com o cliente ou até por falta de tempo. Se a empresa não tem pessoal suficiente ou experiência para fazer uma cobrança sem constrangimentos, a tecnologia pode ajudar com a automatização dessa tarefa”.

Hoje, já existem softwares de gestão de pagamentos e cobranças que enviam e-mails e SMS com mensagens para os clientes lembrando das datas de vencimento de suas contas. O Asaas, por exemplo, oferece um serviço que faz ligações de voz quando não se faz o pagamento de um boleto. O sistema robô de cobranças permite que o empreendedor escolha como será feito o contato com o cliente e configure intervalos de dias entre as ligações. A ferramenta ajuda a diminuir em até 50% a inadimplência dos clientes.

Para complementar esse serviço, a fintech também oferece a possibilidade de negativação de devedores pelo Serasa. A solução é acessível a qualquer tipo de negócio e custa menos do que um protesto.

Software de gestão empresarial também traz vantagens para as pequenas empresas

Sem dúvida, os softwares de gestão empresarial (ERPs) também são bons aliados para facilitar a gestão financeira dos pequenos negócios. Além de integrarem todas as áreas da empresa, essas plataformas automatizam o envio de boletos e lembretes de pagamento, o que pode ajudar na redução da inadimplência. Mas, se for o caso de precisar fazer uma negociação, o sistema reúne todas as informações relevantes sobre o acordo, evitando desgastes por cobranças excessivas.

“Quando se trata de negociações, é preciso ter empatia e entender a real situação do cliente. Receber várias ligações ou outro tipo de comunicação para cobrar a dívida pode trazer um desconforto. Com o ERP, é possível registrar na plataforma caso um acordo seja firmado, assim todos os envolvidos no processo de cobrança podem acompanhar, evitando esse tipo de situação”, comenta Débora Rausch, Analista de Negócios da WK Sistemas, empresa referência em ERP.

Softwares podem ajudar a fazer simulações de cenários financeiros

A WK também oferece uma possibilidade de simulações de cenários financeiros que ajuda bastante na gestão orçamentária. É possível simular como ficaria o caixa caso a empresa não receba algum boleto (ou receba atrasado) e entender como isso traria um impacto para o fluxo financeiro do negócio. Como o sistema tem uma visão completa de todos os clientes, com o histórico de pagamentos, de boletos em aberto, tempo de inadimplência e etc, é possível analisar e fazer algumas previsões mais certeiras.

“Ter uma boa gestão de caixa é essencial, principalmente neste momento de pandemia onde muitos clientes estão passando por dificuldades. E o ERP é um aliado muito importante, porque ele consegue ajudar o empresário a entender até onde ele consegue flexibilizar um pagamento, por exemplo. Assim, é possível saber se um parcelamento pode ou não prejudicar o caixa e, consequentemente, cumprir os compromissos firmados com os fornecedores. Esse acompanhamento do fluxo, com possibilidades de previsões, traz muito mais assertividade para as negociações”, define Débora.

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Imagem: dpVUE .images / Shutterstock