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Polícia Federal investiga golpistas do INSS

A Polícia Federal realizou a Operação União Póstuma, que tem o intuito de investigar casamentos com pessoas que já morreram

Tempo estimado de leitura: 3 minutos

Na última quinta-feira (9), a Polícia Federal (PF) realizou a Operação União Póstuma, que tem o intuito de investigar cidadãos que supostamente fraudavam casamentos com pessoas que já morreram para conseguir aplicar golpes ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Casamentos com segurados mortos

A operação foi deflagrada em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro e, segundo a PF, os golpistas inventavam casamentos com pessoas já falecidas para receber pensões do INSS. Servidores do próprio órgão estão entre os suspeitos. 

Ainda de acordo com a PF, documentos reais de segurados do INSS que morreram e não deixaram dependentes eram usados pelos criminosos. Dessa forma, eles forjavam um casamento com o segurado que morreu e tinham acesso de forma automática ao direito de receber o dinheiro da pensão, que lhe era pago enquanto estava vivo.

Estima-se que os bandidos tenham desviado pelo menos R$ 21 milhões dos cofres públicos por meio dos casamentos falsos. Com a operação da PF, a estimativa é que tenha sido evitado um prejuízo de cerca de R$ 110 milhões.

Até a quinta-feira (9), haviam sido contabilizados pelos agentes, pelos menos 700 casos de transações irregulares em que foram usados os casamentos com os falecidos. As irregularidades tinham em comum o fato que os criminosos faziam uso dos documentos do segurado morto e se passavam por seus dependentes. Até o início da operação, o INSS não havia atentado-se à falha e continuava com os pagamentos normalmente.

Participação de servidores do INSS

A Polícia Federal destacou que os criminosos, provavelmente, não teriam conseguido fraudar o sistema sozinhos. Portanto, possivelmente, agentes do próprio INSS tenham ajudado a quadrilha.

“Os criminosos contavam com a participação ativa de servidores do INSS, que criavam as tarefas e movimentavam os sistemas informatizados da Previdência Social, ainda que não houvesse o comparecimento dos segurados às agências”, afirmou a PF.

“Além da participação de servidores do INSS, o grupo criminoso contava com apoio de advogados, despachantes e, até mesmo, de um escrevente que trabalhava em cartório de títulos e documentos”, pontuou o órgão através de nota.

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Imagem: rafastockbr / Shutterstock.com