Por que antecipar a restituição do Imposto de Renda pode ser perigoso?
Diante da entrega das Declarações do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) em andamento, diversos bancos começaram a ofertar aos clientes, empréstimos para antecipar a restituição. Em suma, as linhas de crédito se referem à restituição que o contribuinte poderá receber ainda em 2022.
Entretanto, é necessário tomar cuidado, pois essas linhas de crédito para antecipar a restituição do Imposto de Renda podem se tornar um problema para o cidadão. Abaixo, compreenda o porquê.
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Por que antecipar a restituição do Imposto de Renda pode ser perigoso?
Em suma, é necessário ter em mente que essa operação nada mais é do que uma operação de crédito. Sendo assim, o cliente precisa pagar juros, assim como em qualquer linha de empréstimo ou financiamento. Ou seja, essa linha de crédito só é recomendada em último caso, como para pagar uma dívida, por exemplo.
E mesmo ao pagar o débito o cliente deve ter cuidado. É dito isso, pois os especialistas recomendam antecipar a restituição do Imposto de Renda somente quando o juro da dívida é maior que o juro desse empréstimo. Em geral, as taxas são próximas às do crédito consignado. Sendo assim, os juros variam de 1,43% ao mês até 1,79% ao mês.
Além disso, é necessário cuidar para não cair na malha fina. Em geral, os empréstimos para antecipar a restituição do Imposto de Renda são de prazo curto. E assim, se a restituição atrasar por algum erro na declaração, o empréstimo com juros mais baixos se torna uma operação convencional, com juros maiores.
De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade, os erros na declaração e possíveis atrasos na restituição podem fazer o tomador cair em uma nova bola de neve. Sendo assim, o órgão recomenda antecipar a restituição do Imposto de Renda somente quando se tem dívidas com juros mais altos, tais como o cheque especial e o cartão de crédito, sem jamais usar o crédito para antecipar o consumo.
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Imagem: Alison Nunes Calazans / Shutterstock.com
