Portugal suspende visto que afeta muitos brasileiros
Decisão do governo português busca conter a falta de moradias e a especulação imobiliária. Descubra alternativa ao visto de Portugal.
O governo português decidiu suspender a imigração por investimento – conhecida como “Golden Visa”. Em síntese, o “visto de ouro” era concedido a imigrantes com investimentos ou imóveis em Portugal. Por exemplo, brasileiros que planejavam pedir o visto sofrerão impacto.
De acordo com informações do site Infomoney, a medida adotada pelos portugueses tenta minimizar a falta de moradias no país e conter a especulação imobiliária. Anteriormente, a publicação apurou que os nativos do Brasil eram os segundos que mais requisitavam o “Golden Visa”.
Assim, em julho de 2021, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras português informava que os chineses lideravam com 9.834 pedidos – ante 1.024 solicitações de brasileiros. Dessa forma, o artifício criado por Portugal em 2012 não é mais uma opção para os imigrantes do Brasil.
Decisão de Portugal deve aumentar demanda por outros países
Conforme o diretor de desenvolvimento de negócios da Golden Gate Global para a América Latina ouvido pelo Infomoney, a decisão de Portugal tende a aumentar a demanda por vistos, do mesmo tipo, de outros países.
“Imaginamos que a procura pelo visto EB-5, concedido a quem faz investimento nos EUA, aumente.”, estima Fernando Guerrero.
Em suma, a empresa elabora projetos para estrangeiros que desejam morar ou investir nos EUA. Porém, o custo do EB-5 – US$ 120 mil (R$ 618.335,64) – pode ser impeditivo.
Por outro lado, Guerrero garante que o trâmite é rápido. Por último, ele destaca que, na contramão de Portugal, os norte-americanos passaram a permitir que imigrantes que já estão no país mudassem para o EB-5. “Depois de três meses nos EUA, a pessoa já pode começar o processo”, conclui.
Como funcionava o extinto “visto gold”
O “Golden Visa” possibilitava ao imigrante, além do direito a morar e trabalhar em Portugal, transitar por 26 países – a maioria deles da União Europeia. Também era possível, passados cinco anos, adquirir cidadania portuguesa – e levar a família para morar no país europeu.
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