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Postura de Bolsonaro frente à pandemia piora imagem do Brasil e afasta investidores

O Brasil vive uma enorme crise sanitária por conta da pandemia do novo coronavírus, afinal o país já tem mais de 370 mil infectados e mais de 23 mil mortos pela Covid-19. Conforme a Organização Mundial da Saúde, a América do Sul é o novo epicentro da doença, puxada pelo Brasil, é claro. Imagens de caixões e hospitais lotados tomam os maiores noticiários estrangeiros. Como se não bastasse isso, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, vem dando declarações bastante polêmicas desde o começo da pandemia. Essa postura de Bolsonaro frente à pandemia piora imagem do Brasil e afasta investidores, de acordo com especialistas.

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Postura de Bolsonaro frente à pandemia pode afastar os investidores

Os analistas internacionais definem Bolsonaro como um presidente populista e que dá respostas contraditórias frente à pandemia. Para eles, o país vem rumando para um precipício, visto que enfrenta diversas crises ao mesmo tempo, nas áreas da saúde, da política e da economia. Os números de mortos em decorrência da Covid-19 e o distanciamento diplomático que outros países já tomam do Brasil mostram isso.

O Real é a moeda que mais vem desvalorizando no mundo todo desde o começo de 2020. Perante o Dólar, a moeda brasileira já desvalorizou 45%. O Dólar já encostou nos R$ 6 e, no mesmo período, o Credit Default Swap (CDS), indicador que sinaliza o nível de risco país, cresceu mais de 250%.

Os números desastrosos alinhados à postura de Jair Bolsonaro frente à pandemia têm levado a uma debandada de investimentos estrangeiros. Para se ter uma ideia, conforme o último relatório do Instituto de Finanças Internacionais, em março o Brasil teve a maior fuga de capital em um único mês desde 1995. O Brasil só não perdeu mais capital do que a Índia.

”Somente loucos colocariam dinheiro no país neste momento”

Quem falou sobre o assunto foi o chefe da seção de América Latina do Instituto de Finanças Internacionais, Martin Castellano:

“Investidores gostariam de ver o governo no comando da situação. Temos visto o confronto entre o Executivo (federal) e governadores, assim como discussões com o Congresso sobre os estímulos, além de mudanças ministeriais que aumentam as dúvidas sobre a capacidade do governo de continuar com reformas estruturais.”

Segundo Robin Brook, economista-chefe do Instituto de Finanças Internacionais, a pandemia do coronavírus se tornou uma “crise de confiança” para o Brasil. Já o economista Armando Castelar, do Ibre/FGV, em relatório da Gavekal Research, afirma que somente “especialistas, loucos, oportunistas de longo prazo e aqueles sem outras opções”, colocariam dinheiro no país neste momento. De acordo ainda com o economista, seria como “correr para um prédio em chamas”.

Como a mídia internacional vê o Brasil neste momento?

As atitudes do governo brasileiro têm feito com que a mídia internacional deixasse de exaltar algumas qualidades que o país já teve, como, por exemplo, ser reconhecido como um líder em matéria de saúde pública global e um defensor do desenvolvimento sustentável nos principais fóruns mundiais. Hoje, a imprensa estrangeira vê o Brasil como um país negacionista, que nega os perigos da pandemia do novo coronavírus.

Além disso, os destaques negativos que estão sendo dados pela mídia internacional são relacionados à falta de infraestrutura e ao grande aumento de infectados e mortos nas últimas semanas no país. O Brasil já é visto como o país que será o centro da pandemia no mundo.

Le Monde (França)

Um dos principais jornais da França, o Le Monde diz que o presidente Jair Bolsonaro “provoca a catástrofe” e “semeia a morte”. Ainda fala sobre os 30 pedidos de impeachment contra o presidente e que estão esperando aprovação no Congresso. Ainda fala que o presidente critica as medidas de distanciamento social recomendado pela OMS e provoca aglomerações.

“Não há dúvida de que há algo podre no reino do Brasil, onde o presidente Jair Bolsonaro, pode afirmar sem se preocupar que o coronavírus é uma ‘gripezinha’ ou uma ‘histeria’ nascida da imaginação da imprensa”.

Revista Der Spiegel (Alemanha)

A revista alemã destacou o fato de que Bolsonaro “perdeu a realidade” e que o presidente pretende que os brasileiros voltem à vida normal a qualquer custo, mesmo sabendo que o país se encaminha para se tornar o epicentro da doença no mundo.

Washington Post (EUA)

O jornal americano lembrou que Bolsonaro chamou o coronavírus de ”gripezinha” e pediu para a população enfrentar o vírus como ”homem e não como moleque”. O Washington Post ainda destacou o fato de Bolsonaro estar enfraquecendo todos os esforços realizados pelos 27 governadores para combater o coronavírus.

Wall Street Journal (EUA)

Os americanos do Wall Street Journal mencionaram que o coronavírus vem varrendo o Brasil, um país sem estrutura, e, como se não bastasse isso, disse que Bolsonaro é um líder que despreza o vírus.

Financial Times (Reino Unido)

Os britânicos publicaram que quase todos os países do mundo estão tomando medidas drásticas para conter o avanço do coronavírus. Entretanto, quatro países não aderiram a isso: Turcomenistão, Brasil, Nicarágua e Bielorrússia.

Corriere della Sera (Itália)

Um dos principais jornais da Itália destacou a frase infeliz do presidente brasileiro, que afirmou que iria fazer um churrasco em meio ao aumento de casos de Covid-19 no país. O jornal também lembrou os diversos momentos nos quais Bolsonaro menosprezou o vírus.

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Imagem: Shutterstock/Antonio Scorza