Saque-aniversário do FGTS: 823 mil já optaram. Veja como aderir.
Em 2019, além de iniciarem os saques imediatos de até um salário mínimo das contas do FGTS, foi aprovado também o saque-aniversário. Nessa modalidade, toda vez que o trabalhador fizer aniversário, poderá sacar uma parte do dinheiro que está em seu fundo de garantia, seja de conta ativa ou inativa.
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Segundo Adolfo Sachsida, secretário especial de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia, 823.114 pessoas já se cadastraram para fazer o saque no aniversário. Os saques vão começar no ano que vem, nas agências da Caixa.
Os saldos das contas já cadastradas pela internet somam R$ 6,066 bilhões. Com isso, os já inscritos devem sacar R$ 1,119 bilhão ao longo do ano que vem.
Como sacar parte do FGTS do mês do seu aniversário
A adesão a essa nova modalidade pode ser feita até dezembro de 2019, pelo site ou pelo aplicativo do Fundo de Garantia. O processo é bem rápido, basta cadastrar uma senha, fazer a simulação do quanto você pode sacar e optar pelo saque-aniversário ou não. Vale lembrar que o saque não é de todo o saldo, mas apenas uma parte a cada ano.
Entretanto, caso você não escolha essa nova modalidade, ainda pode sacar o seu FGTS em caso de demissão, compra de imóvel ou nas demais situações em que é permitido sacar o valor do fundo. O limite para optar pelo saque é até o dia 31 de dezembro de 2019.
Quem optar pelo saque-aniversário continuará a ter direito à multa de 40% do saldo em caso de demissão, mas perderá o direito a retirar o saldo total da conta do FGTS ao ser demitido.
A porcentagem de saque muda conforme o saldo
No entanto, é importante ressaltar que não é todo mundo que vai poder resgatar o mesmo valor percentual no saque-aniversário, pois isso vai depender de quanto o trabalhador tem na conta no momento. Além disso, há uma parcela adicional para cada saque. Confira a tabela e veja no aplicativo, ou no site, quanto você tem em seu saldo do FGTS:
Confira as faixas de saldo e porcentagens de saque:
- De R$ 0,01 a R$ 500: saque de 50%, sem parcela adicional;
- Entre R$ 500,01 e R$ 1.000: saque de 40%, com parcela adicional de R$ 50;
- De R$ 5.000,01 a R$ 10.000: saque de 20%, com parcela adicional de R$ 650;
- Entre R$ 10.000,01 e R$ 15.000: saque de 15%, com parcela adicional de R$ 1.150;
- De R$ 15.000,01 a R$ 20.000: saque de 10%, com parcela adicional de R$ 1.900;
- Acima de R$ 20.001: saque de 5%, com parcela adicional de R$ 2.900.
Na hora de optar pelo saque, o trabalhador decide se irá pegar o dinheiro em uma agência específica da Caixa, no autoatendimento ou se deseja que o valor seja creditado em conta de outro banco.
O que fazer com o FGTS sacado?
Antes de optar pelo saque-aniversário, é preciso ponderar se você tem um destino adequado para esse valor. Realizar esse saque significa perder o direito ao FGTS integral em caso de demissão, ou em caso de compra de imóvel, por exemplo. Vale lembrar que, se você tem mais de uma conta no FGTS (referentes a mais de um emprego), todas elas estarão sob a mesma sistemática, saque-aniversário ou na rescisão/compra de imóvel.
Se você tem um planejamento para esse dinheiro, vale a pena sacar. Ele pode ser usado para quitar uma dívida e limpar seu nome e voltar a ter acesso a crédito e financiamentos, por exemplo.
O FGTS também pode ser usado para ser investido em um título que pague mais de juros do que o fundo. Opções para esse valor são os CDBs, o Tesouro Direto, as LCIs/LCAs, entre outros investimentos de renda fixa. Já para quem é menos sensível ao risco, existem as ações de empresas, que podem entregar uma rentabilidade maior, mas não têm garantia.
Outra opção é usar esse dinheiro que não estava nos planos para abrir um negócio e iniciar uma jornada empreendedora, que pode garantir uma renda maior a longo prazo. Para isso, é preciso ter um bom plano de negócios e avaliar a viabilidade a ideia com o mercado.
Para quem optar por deixar o dinheiro no fundo, uma informação importante é que, em 2018, as contas do FGTS renderam 6,18% ao ano mais TR e a distribuição de 100% do lucro líquido do fundo (R$ 12,2 bilhões, pagos em agosto de 2019, referentes ao saldo de dezembro de 2018).
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