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Após quase três meses em greve, servidores do Banco Central decidem manter paralisação

Os servidores do Banco Central, que estão em greve há quase três meses, decidiram manter a paralisação até a próxima segunda-feira (4)

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Os servidores do Banco Central, que estão em greve há quase três meses, decidiram manter a paralisação até a próxima segunda-feira (4). A categoria deliberou por continuar parada até o último dia possível para a concessão de aumentos salariais estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

De acordo com o Sindicato Nacional de Funcionários do BC (Sinal), no dia 4 os servidores farão um ato virtual pela valorização da carreira por meio de protestos contra a intransigência na postura do presidente da instituição, Roberto Campos Neto. Na terça-feira (5), será realizada uma nova assembleia para decidir os rumos da paralisação.

Lei de Responsabilidade Fiscal

De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, o Congresso teria que aprovar, até 30 de junho, reajustes que reponham perdas com a inflação, contudo a lei teria que entrar em vigor no dia 4 de julho. Entretanto, para cumprir esse prazo, o governo precisaria ter enviado o projeto de lei (PL) ou medida provisória ao Congresso no fim de maio ou na primeira semana de junho.

Reivindicações

A greve teve início no dia 1º de abril, entretanto foi suspensa entre os dias 20 de abril e 2 de maio, em “voto de confiança” ao presidente do Banco Central e na tentativa de avançar nas tratativas com o governo. Porém, não houve novidades, o que levou ao retorno da paralisação no dia 3 de maio.

Dessa forma, os servidores do Banco Central reivindicam a reposição das perdas inflacionárias nos últimos anos, que chegam a 27%. Também pedem a mudança da nomenclatura de analista para auditor, e a exigência de nível superior para ingresso de técnicos no órgão.

Serviços prejudicados

Com a greve, há atraso na divulgação da taxa Ptax diária, que tem deixado o mercado financeiro em constante atenção, além da suspensão das divulgações regulares do Banco Central, como o Boletim Focus, dados do fluxo cambial e as estatísticas fiscais de crédito e do setor externo. Contudo, o Pix e o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) estão operando normalmente.

Já os projetos especiais, como a expansão do open banking e a segunda fase de consultas de saques de valores esquecidos, estão suspensos.

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Imagem: Jo Galvao / Shutterstock.com