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BC comunica vazamento de dados de 2,1 mil chaves Pix

O Banco Central (BC) anunciou na tarde desta quinta-feira (3) o terceiro vazamento de dados de chaves Pix desde 2020. Este vazamento ocorreu nos dias 24 e 25 de janeiro e expôs os seguintes dados: nome do usuário, Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), instituição de relacionamento e número da conta. 

Os dados vazados são de 2.112 clientes da Logbank Soluções em Pagamentos. De acordo com o Banco Central, o vazamento ocorreu em dados cadastrais, que não afetam a movimentação de dinheiro. O BC afirma que os dados protegidos pelo sigilo bancário, como saldos, senhas e extratos não foram expostos.

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Em nota, o Banco Central informou que “apesar da baixa quantidade de dados envolvidos, o BC sempre adota o princípio da transparência nesse tipo de ocorrência. Como nos casos anteriores, não foram expostos dados sensíveis, a ANPD [Autoridade Nacional de Proteção de Dados] foi avisada e as pessoas afetadas serão notificadas”.

Marcelo Martins, fundador da Pay Ventures e que faz parte do grupo de trabalho do Pix no BC, explica que “os vazamentos estão ficando cada vez mais comuns e preocupam, mas, geralmente, como aconteceu neste caso, a falha é direta da instituição financeira. Não há nenhum problema nos sistemas do BC ou do Pix. Por algum erro na instituição, em seu app ou site, o vazamento ocorreu”.

Martins ainda explicou que, quando vazamentos de dados como este acontecem, “a empresa avisa os clientes e o BC avisa todas as instituições participantes do Pix. Caso algum cliente delas esteja envolvido, eles também serão avisados por elas. Ou seja, o incidente aconteceu na empresa A, mas a empresa B, se tiver cliente envolvido, também precisa informá-lo”.

Preocupação do Banco Central com vazamentos

As chaves Pix funcionam como uma identificação do usuário dentro do sistema, que permite que o mesmo somente receba valores. Sendo assim, “Isso significa que mesmo em posse dessa informação, não é possível o acesso ao saldo ou a lançamentos da conta ou a realização de pagamentos e nem transferências”, explica o BC.

Entretanto, a grande preocupação é com a denominada engenharia social. “O vazamento pode ser utilizado para aplicação de golpes, como, por exemplo, o golpista tentar persuadir a vítima de que é um funcionário do banco para tentar obter as credenciais de senha do usuário”, completa.

Rogerio Melfi, representante da ABFintechs, afirmou que essa situação demonstra “uma falha de segurança, que expõe dados dos usuários, e não há risco imediato. Porém, com dados como esses em mãos, os criminosos podem tentar aplicar os golpes de engenharia social, podem mandar um e-mail para vítima pedindo a troca da senha da conta, por exemplo, porque aconteceu o vazamento. E a pessoa cai. Esse é o risco: abre margem para várias tentativas de outros golpes”.

Por fim, o Banco Central ainda não informou como os usuários vítimas do vazamento de dados no mês de janeiro serão notificadas.

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Imagem: Brenda Rocha – Blossom / Shutterstock.com