Caminhoneiros recusam o auxílio de R$ 400 proposto pelo governo
Segundo os trabalhadores, o valor é incompatível com os gastos com combustíveis. Saiba mais!
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O governo federal planeja criar um auxílio de R$ 400 destinado aos caminhoneiros que exercem a função de forma autônoma. A informação foi divulgada, recentemente, junto com a intenção de ampliar o valor do Vale-gás de R$ 53.
A proposta já havia sido anunciada pelo governo no final do ano passado a fim de amenizar os efeitos do preço do diesel que já começava a subir. No entanto, a medida não avançou.
Sobre o auxílio para os caminhoneiros
O auxílio seria incluído na PEC (Proposta de Emenda à Constituição), idealizada a fim de diminuir o preço dos combustíveis, em discussão no Senado. A Proposta, no entanto, dribla as restrições impostas pela lei eleitoral, que impede a criação e ampliação de programas sociais em ano de eleições.
Mesmo assim, parlamentares aliados do governo buscam elevar para R$ 50 bilhões a autorização para despesas fora do teto de gastos.
Os líderes da associação de caminhoneiros independentes do país afirmam que o valor da nova proposta não atende as demandas e é incompatível com a realidade vivenciada pelos profissionais.
Com o atual preço do diesel, que pode chegar a R$ 8,63 em alguns estados, o valor proposto pelo governo não é suficiente para encher o tanque sequer de uma caminhonete. O tanque de uma caminhonete tem 60 litros, o que equivale a cerca de R$ 437 reais. Para abastecer completamente o tanque de um caminhão, são necessários 600 litros de combustível.
Está em discussão também a concessão de um auxílio semelhante aos taxistas e motoristas de aplicativo. Porém, a proposta não encontra apoio entre os aliados do governo federal.
O adicional no valor do Vale-gás já está mais consolidado. O valor atual oferecido pelo benefício não paga nem metade do botijão. A intenção é aumentar tanto o valor quanto o número de famílias beneficiadas.
Greve dos caminhoneiros
A categoria ainda não organizou uma paralisação, mas por conta da escalada de preços dos combustíveis, é muito provável que muitos motoristas sejam obrigados a parar pela situação financeira. Uma greve nesse momento de fragilidade econômica, segundo analistas, só prejudicaria ainda mais os trabalhadores mais pobres.
Porém, para os caminhoneiros, a solução necessária para a atual crise é acabar com o PPI para que eles pudessem ter maior dignidade para trabalhar.
O que é o PPI?
O Preço de Paridade de Importação é uma referência, utilizada pela Petrobras, calculada com base no preço de aquisição do combustível, nos custos logísticos além das margens para possíveis problemas.
Por fim, desde quando a referência foi aplicada pela estatal, em 2016, a escalada dos preços dos combustíveis gerou grande insatisfação entre os caminhoneiros, o que resultou na greve de 2018.
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Imagem: Regiane_Ferraz / Shutterstock.com