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Como funcionam os empréstimos para estudantes

Diferente de outros tempos, os estudantes hoje em dia têm algumas opões de empréstimos específicos. Saiba como funcionam!

O sonho de diversos jovens é ingressar em uma instituição de ensino para ampliar as suas chances dentro do mercado de trabalho. No entanto, instituições privadas são majoritárias no Brasil e muitas vezes é necessário fazer um malabarismo financeiro para conseguir ingressar na vida acadêmica. Por isso, é importante entender como os empréstimos para estudantes funcionam e adequar as melhores opções para cada caso.

Conforme levantamento feito pelo Instituto Semesp, a pedido do jornal O Globo, com base nas estatísticas do Inep com pessoas de 18 a 24 anos, 77% dos jovens estão em instituições privadas.

Mas, ainda, é preciso considerar que mesmo nas instituições públicas, alguns jovens podem passar por momentos de aperto nas finanças.

Políticas de permanência estudantil para jovens que mudam de cidade para uma instituição pública muitas vezes são insuficientes, e esses estudantes podem passar a considerar um empréstimo para lidar com urgências.

Vale destacar: um empréstimo pessoal para estudantes é muito diferente de um financiamento estudantil.

Os empréstimos para estudantes devem ser evitados ao máximo. Como se trata de um crédito destinado a um grupo que normalmente não possui estabilidade, ele pode acarretar em problemas financeiros graves logo no princípio da carreira.

Enquanto isso, um financiamento estudantil tem características diferentes, que contribuem para sanar a dívida a longo prazo com melhores condições — o que também não dispensa atenção. 

Você pode entender melhor essas diferenças a seguir.

Financiamento estudantil

Um financiamento é uma modalidade de crédito que possui uma finalidade específica: pagar completa ou parcialmente o custo de um curso universitário.

As condições de cada modalidade variam, mas elas costumam oferecer possibilidades de pagamento mais adequadas à realidade de uma pessoa que ainda não possui um emprego formal, bem como ao dia a dia de uma graduação.

Conheça algumas das principais opções de financiamento estudantil.

FIES

A ideia central do FIES é possibilitar aos graduandos abater uma parte dos valores de mensalidade ou mesmo a totalidade dela no decorrer do seu curso.

O programa de estímulo ao ingresso no ensino superior do Governo Federal, feito por meio da Caixa, conta com três linhas de benefício. 

Elas são destinadas às pessoas que possuem uma renda familiar de até 10 salários mínimos, entre 10 e 15 salários mínimos e maior que 15 salários mínimos.

As faixas de financiamento das mensalidades variam entre 50% e 100% do valor, dependendo dos critérios atendidos. Neste artigo você consegue compreender melhor cada uma das condições.

Financiamentos por instituições financeiras

Algumas instituições privadas possuem as suas próprias linhas de financiamento estudantil. Nesses casos, as condições costumam ser menos fixas. Elas variam de acordo com o convênio estabelecido entre os bancos e as instituições de ensino.

Normalmente, o financiamento é trimestral, semestral ou anual. Por isso, é necessário fazer novamente o processo de solicitação após esses períodos.

Programas estaduais

Alguns estados possuem os seus próprios programas de estímulo ao ingresso no ensino superior. 

Apesar de lembrarem o FIES, eles possuem características particulares que devem ser avaliadas em cada caso — muitas vezes, são destinados a grupos mais específicos, como pessoas de baixa renda.

No estado de São Paulo, por exemplo, existe o Bolsa Universidade. 

Pelo programa, estudantes de baixa renda têm 50% do custo de mensalidades pagos pelo governo e outros 50% pela instituição de ensino. Como contrapartida, essas pessoas desenvolvem atividades no Programa Escola da Família aos finais de semana.

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Imagem: Anel Alijagic / Shutterstock.com

PraValer

O PraValer é um programa que associa instituições de ensino, financeiras e estudantes

Por meio dele, os estudantes podem solicitar financiamentos estudantis em instituições de ensino cadastradas.

Esse financiamento é feito por um banco. O Itaú, por exemplo, é parceiro da empresa desde 2013.

As condições de financiamento variam de acordo com as características do curso e do estudante. Uma graduação pode ter diferenças de uma pós-graduação. Além disso, os cursos também podem implicar em diferenças nas condições do crédito.

Parcelamento Estudantil Privado (PEP)

Muitas vezes, no entanto, um financiamento não é nem mesmo necessário. Diversas instituições privadas possuem os seus próprios programas de promoção ao acesso.

Normalmente, eles estão associados ao desempenho dos alunos em processos seletivos ou ao seu histórico escolar.

Um processo seletivo próprio da instituição pode oferecer financiamentos com pagamentos próximos à totalidade do curso após a formação, mas em alguns casos o ENEM também é utilizado como critério para avaliar o desconto aos alunos.

Os PEPs permitem condições interessantes de parcelamento da dívida estudantil. Por meio deles, o estudante não contrai um crédito com o banco, mas sim uma dívida com a própria instituição de ensino. Parte desse valor pode ser pago depois da formação.

Essa é uma boa opção, já que os PEPs normalmente não possuem incidência de juros.

Empréstimos para estudantes

Diferentemente de um financiamento estudantil, que tem como finalidade única o pagamento das mensalidades do ensino superior, empréstimos para estudantes podem ser utilizados para qualquer fim.

Nada mais é do que um empréstimo pessoal como qualquer outro. Por meio dele, o estudante solicita ao banco um crédito de determinado valor e paga esse montante em parcelas, com a aplicação de juros.

O que diferencia ele de outras modalidades de crédito pessoal é a maior flexibilidade na aceitação.

Por se tratar de um grupo que normalmente não possui um score de crédito alto, salários altos e bens em seu próprio nome, é mais complicado conseguir uma aprovação.

As linhas de crédito para estudantes costumam oferecer opções mesmo para esses casos.

No entanto, créditos pessoais possuem algumas das taxas de juros mais altas do mercado. Especialmente para aqueles que ainda estão começando a sua vida financeira, é fácil transformar esse tipo de empréstimo em uma bola de neve.

Em um financiamento estudantil, a ideia é começar a pagar já ao fim da graduação, com a expectativa de uma inserção no mercado de trabalho.

Empréstimos, por outro lado, devem ser pagos durante o curso da graduação. Isso é, eles se somam às dívidas que o estudante já possui no período, como os custos de vida e gastos extraordinários.

O ideal, para aqueles que já trabalham, é conseguir guardar uma parte do dinheiro para utilizar em situações emergenciais, evitando a necessidade de empréstimos.

Imagem: razen Zigic / Shutterstock.com