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Especialista esclarece quais são os maiores desafios do PIX para as empresas

Impossibilidade de cancelar uma transferência e dificuldade para a responsabilização sobre falhas do sistema são alguns exemplos

Quando o assunto é segurança, os desafios do PIX para as empresas são muitos. Exemplo disso são os inúmeros golpes via aplicativos de mensagens ou usando domínios falsos na internet com chaves falsas, e uma fraude envolvendo a transferência de quase R$ 1 milhão por engano pelo Itaú por meio do novo sistema. Por ser uma forma rápida e simples de transferir dinheiro, o PIX certamente também é passível de erros. Confira quais são os maiores desafios do PIX para as empresas e as medidas básicas de segurança que podem ser implementadas.

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Os desafios do PIX para as empresas

Um dos grandes problemas apresentado pelo PIX para empresas sem dúvida é a impossibilidade de cancelar uma transferência. “De acordo com o regulamento do PIX, não existe a possibilidade de reverter uma transação ou alterar o valor a ser pago, a partir do momento em que o usuário confirma o envio ou o pagamento dos valores. Após a confirmação, a liquidação ocorre em tempo real e a transação não pode mais ser cancelada”, explica Guilherme Verdasca, CEO da fintech Transfeera, que desenvolve uma solução de gestão e processamento de pagamentos que garante a segurança das operações online, inclusive com o PIX.

Entretanto, existe a possibilidade de, caso a transferência tenha sido feita erroneamente, a empresa negociar com o recebedor a devolução do valor pago — essa é a única forma de devolução disponível no PIX. Por isso, Guilherme enfatiza a necessidade de a empresa possuir uma forma de verificar com eficiência os dados antes de realizar as transações.

Falta de clareza sobre papéis e responsabilidades de empresas e instituições também é um problema

Outra dificuldade que também pode ocorrer no PIX para empresas é quanto à responsabilidade das instituições financeiras e do Banco Central sobre falhas de sistemas, erros e fraudes. Em algumas situações, não há clareza sobre quem tem a palavra final. “Segundo o Banco Central, se o usuário cometer um erro e enviar um valor errado ou enviar para outro destinatário, a responsabilidade é dele”, fala Guilherme. Já em situações de fraudes, é preciso analisar caso a caso, não há um regulamento que defina quem é o responsável pelos problemas. Mas já existe uma resolução que diz que caso se identifique alguma suspeita de fraude ou falha, a instituição pode suspender o pagamento por 30 minutos (durante o dia) ou por uma hora (à noite).

O roubo dos dados da empresa para que algum fraudador assuma a identidade corporativa nas transferências também é um desafio. Dessa forma, criminosos podem receber os valores que seriam destinados à empresa ou mesmo fazer transferências em nome dela. Outra maneira desse tipo de fraude ser realizada é o criminoso assumir a identidade do agente financeiro ao clonar o certificado digital e se passar pelo banco, interceptando valores que a empresa transacionou por esse meio de pagamento.

Como se proteger?

Para fazer transações seguras pelo PIX, de acordo com o Guilherme, é fundamental manter os cuidados de cyber security que já eram recomendados para uso do Internet Banking, como:

  • Em primeiro lugar, nunca fornecer senhas;
  • Trocar senhas periodicamente, preferindo sequências que diferentes das que você usa em outras contas ou serviços;
  • Desconfiar de e-mails que pedem dados ou solicitam atualizações;
  • Tomar cuidado com páginas falsas (phishing) e SMS falsos (smishing);
  • Manter um antivírus ativo, seja no computador ou no smartphone;
  • Se identificar um problema com alguma chave específica, envie também uma notificação de fraude para o Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT).

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Imagem: Brenda Rocha – Blossom / Shutterstock.com