Endividamento das famílias chega a 72,9% e bate recorde de mês anterior
De acordo com a CNC, uma Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) mostrou um dado preocupante. Em suma, a parcela de famílias endividadas bateu recorde pelo 2º mês consecutivo em agosto. Na pesquisa, a parcela de famílias chegou a 72,9%, acima de 71,4% patamar recorde anterior. E superior ao mês de agosto de 2020 (67,5%).
Endividamento das famílias chega a 72,9% e bate recorde de mês anterior
Em suma, a CNC não registrou piora nos indicadores de inadimplência das famílias. Dentre os endividados, 25,6% declararam contas em atraso. Essa proporção ficou igual a julho, e menor do que a de agosto de 2020 (26,7%). Os que informaram não ter condição de pagar, por sua vez, levaram a uma parcela de 10,7% no total de endividados com valores em aberto na Peic de agosto. Entretanto, o valor ficou inferior a julho (10,9%), e agosto de 2020 (12,1%).
A economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, disse que os conceitos de endividamento e inadimplência são distintos. Ela cita que, apesar do aumento das dívidas ser um termômetro sobre a saúde financeira das famílias brasileiras, é necessário avaliar a capacidade delas, em cumpri com os acordos. E assim, até então, a inadimplência está estável.
Além disso, em nota, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o crédito ajuda muita gente na recomposição da renda.
“Na pandemia, muitos têm recorrido à informalidade e investido em pequenas atividades para garantir seu sustento. Por isso o acesso ao crédito é tão importante. Mas há uma necessidade grande de planejamento do orçamento familiar. Para que esse alívio não vire um problema ainda maior do que o que se tinha inicialmente, uma bola de neve”, disse ele.
Por fim, a CNC afirmou que o endividamento das famílias no Brasil, ocorre em patamares diversos. E nas mais diferentes regiões do país, com características peculiares em cada Estado.
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Imagem: Illustration Forest/shutterstock.com
