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FGTS: pelo menos 13% das famílias de SP usarão o saque extraordinário para pagar dívidas

O saque extraordinário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) teve início em abril e irá até maio. O governo estima que essa injeção será de grande relevância para a redução do endividamento das famílias.

O Ministério da Economia, por meio da Projeção da Secretaria de Políticas Econômicas (SPE), prevê que somente na grande São Paulo (SP) o saque poderá ajudar 100 mil famílias, o que corresponde entre 10% e 13% do número de lares com contas em atraso na região.

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Novo saque do FGTS deve beneficiar 42,8 milhões de trabalhadores

A perspectiva é que sobretudo as famílias de baixa renda sejam beneficiadas com a liberação, segundo dados da nota técnica da SPE.

Não há estimativa para outras regiões do país, pois apenas os dados da grande São Paulo, sobre endividamento, estavam disponíveis. Por esse motivo não há uma previsão de quantas famílias irão usar o saque extraordinário do FGTS para quitar contas em atraso.

Pedro Calhman de Miranda, secretário de Política Econômica (SPE), afirmou que o principal efeito dessa rodada do saque do FGTS será sobre endividamento das famílias, que teve um crescimento significativo a partir de março de 2020, devido à pandemia da Covid-19.

“Essa permissão de saque até R$ 1000 tem benefício muito amplo, porque atinge 42,8 milhões de trabalhadores e 46% deles tem saldo de até R$ 1 mil”, explica.

Famílias endividadas

De acordo com dados divulgados pelo Banco Central, em dezembro de 2021, 52,6% das famílias brasileiras estavam endividadas e tinham 27,9% da renda comprometida com a quitação dessas dívidas.

Contudo, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), da Confederação Nacional do Comércios de Bens, Serviços e Turismo (CNC), indica que em dezembro do ano passado, o número de famílias endividadas atingiu o maior patamar de todo a série disponibilizada, alcançando 74,5%.

“Nesse âmbito, é necessário proporcionar acesso dos trabalhadores a fontes de recursos para poderem enfrentar os impactos da crise e, por conseguinte, reduzir o comprometimento da renda decorrente do aumento do endividamento das famílias”, exemplifica a SPE.

A equipe econômica garante que a liberação do saque extraordinário do FGTS não tem o intuito de estimular o consumo. Dessa forma, não há previsões de impacto no Produto Interno Bruto (PIB) e nem mesmo na inflação.

“O objetivo do Saque Extraordinário, como medida de política econômica, é correção da má alocação de recursos na economia, constituindo uma política pelo lado da oferta”, diz a nota da Economia.

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Imagem: Brastock / Shutterstock.com