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Financiar imóvel pelo programa MCMV (Minha Casa, Minha Vida) ou SBPE: Qual tem menos juros na Caixa?

Se você está em dúvidas se vale a pena ou não comprar um imóvel pelo Minha Casa Minha Vida (MCMV), vamos analisar aqui a diferença entre a taxa de juros para quem faz parte do programa e para quem não faz. Lembrando que o MCMV tem quatro faixas, e que a taxa de juros varia de acordo com a renda da família. Já um financiamento tradicional tem a mesma taxa de juros para todos, independentemente da renda.

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Regras para participar do MCMV

Antes de mais nada, é importante ressaltar que para participar do Minha Casa Minha Vida, a família deve preencher alguns pré-requisitos.

  • Renda bruta familiar de no máximo R$ 9 mil por mês;
  • O beneficiário não pode ter um imóvel próprio, e nem outro financiamento habitacional ou de materiais de construção;
  • Além disso, não é permitido ter recebido qualquer outro benefício habitacional do governo;
  • Não é permitido ser registrado no Cadastro Nacional de Mutuários (CADMUT);
  • Não fazer parte do Programa de Arrendamento Residencial (PAR), nem ter registro no Cadastro Informativo de Créditos Não Quitados do Setor Público Federal (Cadin);
  • Empregados ou cônjuges de funcionários da Caixa Econômica Federal não podem participar do programa MCMV.

Renda máxima familiar para o Minha Casa Minha Vida

Como você pode ver, a renda máxima da família é de R$ 9 mil, relativo à faixa 3. Entretanto, as outras faixas tem outros tetos de renda, como você pode conferir abaixo:

  • 1: Famílias com renda de até R$ 1.800,00 (Valor máximo do imóvel: R$ 96 mil);
  • 1,5: Renda familiar de até R$ 2.600,00;
  • 2: Renda de até R$ 4.000,00;
  • 3: Teto de R$ 9 mil mensais entre todos os integrantes da família somados.

Subsídio do MCMV

Além do teto de renda, outras coisas também mudam conforme cada uma das faixas do programa. Três das quatro faixas do programa Minha Casa Minha Vida podem ganhar um subsídio do governo, que nada mais é que uma ajuda financeira para a família adquirir seu imóvel.

Como você pode supor, aqueles que ganham mais, ou seja, a Faixa 3, não ganham subsídio. Ademais, as outras faixas tem valores máximos de subsídios diferentes, dependendo da renda (quem tem salário menor, ganha mais subsídio). Confira o teto do subsídio para cada uma das faixas do MCMV:

  • 1: Subsídio de até 90% do valor do imóvel;
  • 1,5: Valores dos subsídios podem chegar a R$ 47,5 mil;
  • 2: Subsídios de até R$ 29 mil;
  • 3: Sem subsídio.

Valor máximo do imóvel no MCMV

Os valores dos imóveis no programa MCMV também têm um teto. Confira abaixo os valores de acordo com a população do seu município e sua região:

teto imovel mcmv

Prazo para pagar e valor das prestações

Além da diferença entre as rendas da família e os valores de subsídio, também há diferença no valor das prestações e no prazo de pagamento do imóvel, como você pode ver abaixo:

  • 1: Como o Governo subsidia até 90%, o resto do valor do imóvel é pago pela família em até 120 meses (10 anos), com parcela mínima de R$ 80 e máxima de R$ 270.
  • Faixas 1.5, 2 e 3: Ambas as faixas tem prazo de até 30 anos para pagar, ou seja, 360 meses.

Taxa de juros do Minha Casa Minha Vida ou financiamento tradicional

É aqui que chegamos ao ponto central deste artigo: a taxa de juros. Geralmente, quem fica em dúvida entre optar por um imóvel do MCMV ou um imóvel com financiamento tradicional são as pessoas da faixa 3. Isso porque são famílias com uma renda mais alta, e que podem querer um imóvel que fuja do valor máximo do programa.

Neste caso, então, surge a dúvida se vale a pena comprar um imóvel mais barato sob as condições do programa ou se vale mais a pena comprar o imóvel mais caro, mas com taxa de juros normal. Antes de mais nada, vamos conhecer as taxas de juros do Minha Casa Minha Vida:

  • 1: Nesta modalidade, não há juros;
  • 1,5: O financiamento tem taxas de 5% de juros ao ano;
  • 2: Nesta faixa, a taxa de juros fica entre 6% a 7% ao ano;
  • 3: Por último, na terceira faixa a taxa é de até 7,6% ao ano.

Vale mais a pena financiar imóvel pelo Minha Casa Minha Vida ou SBPE?

Se o seu imóvel está dentro do valor máximo para a sua cidade, e você se enquadra nas regras do programa, vale a pena comprar pelo MCMV. Isso porque, em qualquer outra modalidade de financiamento imobiliário que não seja pelo MCMV, você vai encontrar uma taxa de juros de 8% ou mais. Entretanto, no MCMV, mesmo na faixa 3, os juros são um pouco mais baixos.

Porém, se o imóvel que você pretende comprar ultrapassa o teto do Minha Casa Minha Vida na sua cidade, ou ainda, se você não se enquadra nas regras do programa, vale a pena consultar um corretor de imóveis e ver a possibilidade de financiar seu imóvel na modalidade SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). Mesmo que os juros sejam um pouco maiores, você poderá adquirir seu imóvel de forma financiada.

Para simular o financiamento, tanto pelo MCMV quanto pelo SBPE, acesse este link.

Pode usar o FGTS?

Sim, você pode usar em todas as modalidades de financiamento os recursos do seu Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Esses valores ajudam a compor o valor de entrada do imóvel, mas também podem ser usados para quitar as parcelas em atraso. A primeira prestação vence 30 dias depois da assinatura do contrato e o pagamento é feito por débito automático ou boleto bancário.

As mudanças do MCMV no Governo Bolsonaro

Embora o Governo Bolsonaro tenha mantido o programa social que era uma marca dos governos petistas que o antecederam, houveram mudanças, e não só por parte de Bolsonaro, mas antes, no governo de Temer.

Primeiramente, é importante ressaltar que a faixa 1 deve desaparecer, já que o governo não libera investimento para ela há mais de 2 anos. Entretanto, as faixas 1,5 e 2 também perderam subsídios. Em agosto passado, Bolsonaro reduziu 50% do subsídio para as faixas 1,5 e 2. A queda no orçamento foi de R$ 900 milhões para R$ 450 milhões.

Em Setembro, o governo mudou as regras. Antes, o governo pagava 10% do subsídio dos imóveis nas faixas 1,5 e 2, e os outros 90% eram pagos com recursos do FGTS. Porém, agora o governo não paga mais estes 10%, e 100% desse valor é pago pelos fundos do FGTS.