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Qual investimento protege da inflação?

No momento de defender o capital, é bom saber qual investimento protege da inflação. Saiba tudo!

Na hora de preservar o dinheiro, nada é mais importante do que saber qual investimento protege contra a inflação. Isso é necessário por conta do aumento de preços, que lentamente corrói o chamado “poder de compra” do dinheiro.

Para mostrar a você o que pode ser feito, este artigo mostra os principais investimentos do mercado que podem ser usados como proteção.

Siga a leitura e confira todo no artigo!

O que a inflação representa para a população de um país?

Primeiramente, a intenção de qualquer pessoa, quando se pensa em investimentos, é se proteger da inflação. No entanto, antes mesmo de tomar tal atitude, é preciso entender bem o que significa um processo inflacionário, a fim de ter a melhor proteção possível.

Em linhas gerais, portanto, a inflação nada mais é do que o aumento contínuo dos preços de produtos e serviços. Ela é a principal responsável, por exemplo, pela perda do poder de compra do dinheiro, ao longo do tempo. Ou seja, quanto maior é a inflação, menos “coisas” o mesmo dinheiro de antes consegue comprar agora.

No entanto, vale observar que um processo inflacionário não é necessariamente ruim. Isso se dá até mesmo porque a inflação é inevitável, ela faz parte da economia. A questão é como isso acontece. Se o processo ocorrer de forma controlada, pode até indicar que a economia do país está crescendo.

Já se o avanço dos preços se dá de maneira descontrolada de modo que o dinheiro perca totalmente seu valor, então temos uma grave crise econômica. A população de um país nessas condições pode passar por sérios problemas, inclusive com crises migratórias.

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Qual investimento protege da inflação?

Acompanhe a seguir os principais investimentos que oferecem proteção contra a inflação. Confira.

CDB IPCA

O CDB IPCA é um título de crédito emitido por instituições bancárias e que tem a vantagem de proteger da inflação devido ao fato de ser um papel híbrido. A primeira parte de sua sigla quer dizer “Certificado de Depósito Bancário” e o “IPCA” se refere à própria inflação.

Dessa forma, quem investe em um CDB IPCA está colocando seu dinheiro para render de duas formas ao mesmo tempo: uma parte terá o rendimento fixo, de acordo com o título contratado (5% ao ano, por exemplo). Já a segunda parte do rendimento será atrelada à inflação.

Isso quer dizer que se a inflação do período for de 7% ao ano, o título renderá 5% + 7% ao ano e renderá um total de 12% ao ano. Em termos práticos, o investidor sempre terá um ganho real igual à parte fixa oferecida pelo título. Vale lembra que esse título conta com a garantia do FGC, o Fundo Garantidor de Crédito.

Tesouro IPCA

O Tesouro IPCA tem seu funcionamento idêntico ao CDB IPCA, razão pela qual sua nomenclatura é quase a mesma. Ambos são títulos híbridos e têm duas partes de remuneração: uma fixa e outra variável.

A diferença entre eles não está na forma de rendimento, pois os dois têm a parte variável atrelada à inflação. Na verdade, os dois títulos se diferenciam pelo seu emissor: enquanto o primeiro é emitido por bancos, o Tesouro IPCA é emitido pelo Governo Federal.

Sendo assim, podemos dizer que esse papel é um dos títulos disponíveis no Tesouro Direto, a plataforma de negociação de papéis do Governo. Pelo fato de seu emissor ser o próprio Governo do país, esse título é bastante confiável, mesmo que não conte com a garantia do FGC.

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Ações de empresas do setor elétrico

Outra forma de proteger o patrimônio financeiro contra a inflação e que é pouco divulgada é investir o capital em empresas do setor elétrico. Essa “defesa” se dá porque o preço da energia é diretamente ligado à inflação, sendo inclusive parte integrante do IPCA.

Isso ocorre por conta da chamada “inflação energética”. Trata-se de um reajuste anual e obrigatório que acontece no valor cobrado pela energia elétrica consumida. Ele se dá sempre no mês de agosto e incide todos os anos.

Assim, o “produto” vendido por essas empresas sofre um reajuste anual, compensando a perda do poder de compra causado pela elevação da inflação.

No entanto, vale frisar que essa é uma estratégia que faz mais sentido no médio e longo prazo, pois as ações são um investimento de risco que sofrem variação de preço diariamente.

Fundos de investimento de inflação

Uma ótima alternativa de se proteger contra a inflação, além de investir diretamente em títulos, é buscar por um veículo de investimentos coletivo. Estamos falando dos fundos de investimentos, que são um agrupamento de pessoas que investem seus recursos para serem direcionados por um gestor profissional.

No caso do interesse particular de defender o capital contra o avanço da inflação, a melhor orientação é escolher um fundo de investimento de inflação. Tratam-se de fundos que investem seus recursos em títulos indexados ao IPCA.

Nesse momento você pode estar se perguntando qual seria a vantagem de investir em um fundo em vez de você mesmo escolher o título. A resposta é que no fundo um profissional de mercado faz isso e, com o alto volume de recursos do fundo, portanto, gera mais oportunidades para serem acessadas.

Além disso, todo fundo de investimentos oferece a vantagem da liberdade quanto ao saque de recursos. Diferentemente de uma aplicação em um título no qual o investidor fica “travado” pelo tempo da aplicação, no fundo de investimento o resgate pode se dar a qualquer momento sem que haja perda da rentabilidade acumulada.

Fundos imobiliários de “tijolo”

Os fundos imobiliários podem ser também uma boa proteção contra a inflação. Essa proteção se dá de forma indireta e dependem do tipo de fundo imobiliário no qual o capital é investido. Para que a estratégia funcione, é importante escolher um fundo de “tijolo”.

Esses fundos são aqueles que aplicam seus recursos em imóveis físicos visando o retorno do capital por meio do recebimento de aluguéis. Como o valor dos contratos são reajustados por meio de algum índice, o valor recebido também aumentará.

Já que o mercado imobiliário utiliza como praxe alguns índices ligados à inflação, a correção se dará automaticamente. O índice mais usual é o IGP-M, que normalmente tem elevação até mesmo acima do IPCA, garantindo uma boa performance ao investimento realizado.

Saber qual investimento protege da inflação é essencial para manter o dinheiro preservado contra o aumento de preços.

Para isso, o capital precisa crescer na mesma proporção desse aumento e, para ter ganhos reais, necessita avançar acima desse valor. É assim que se tem o chamado “ganho real”, que é o que realmente importa.

Imagem: rafastockbr / Shutterstock.com – Edição: Seu Crédito Digital

(Com Ronaldo Araújo)