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O que fazer para organizar as finanças pessoais: por onde eu devo começar?

Ao organizar suas finanças pessoais, com metas e objetivos, você pode se prevenir de eventuais imprevistos financeiros.

Organizar as finanças pessoais de modo a ter prosperidade financeira não é algo somente para quem já tem grandes somas de dinheiro. Pelo contrário. Até mesmo pessoas endividadas precisam se organizar financeiramente, pois é exatamente assim que sairão da condição de devedoras. 

E grande parte dos brasileiros não consegue organizar suas finanças pessoais, infelizmente. Prova disso foi a pandemia, quando muitas pessoas não tinham uma reserva de emergência para um período bastante delicado pelo qual todos nós passamos.

Continue a leitura a seguir para saber por onde começar sua organização financeira e ter sucesso nesse empreendimento. Confira!

Como saber que você não tem organização financeira?

Antes mesmo de montar uma organização financeira pessoal, é muito útil identificar se você tem o padrão de quem está perdido nessa área da vida. E isso não é muito difícil de saber, pois existem alguns sinais que deixam isso bastante claro. 

O primeiro deles certamente é o fato de que o dinheiro não dura até o final do mês. Ele sempre acaba antes. Claramente, isso acontece com quem não tem uma organização de suas finanças pessoais.

Outro ponto (que vem deste primeiro) é que parece sempre haver a sensação de que é preciso mais dinheiro, pois o que você ganha nunca é suficiente.

Além disso, as dívidas costumam ficar acumuladas, ou seja, você nunca é capaz de honrar os compromissos que fez e os juros das dívidas fazem com que elas se tornem cada vez maiores. 

Para completar o cenário, é comum que você escute que pessoas em seu entorno estão fazendo investimentos e você não está. Esse é mais um sinal bem claro de falta de organização financeira.

Leia também: Como o planejamento financeiro pode equilibrar suas finanças?

Quais são os motivos para organizar as finanças?

Existem diversos motivos pelos quais você deve organizar suas finanças. Um deles é o de se prevenir, pois nunca se sabe quando podem acontecer imprevistos e a crise causada pela pandemia mostrou isso.

Para se ter uma ideia do problema, mais de 60% dos brasileiros entrou na pandemia sem nenhuma reserva financeira, conforme a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Além disso, organizar as finanças pessoais permite criar metas e objetivos e, com isso, realizar sonhos. Isso é muito significativo na vida da maioria das pessoas. Isso tudo sem contar que uma boa organização financeira ajuda a desenvolver disciplina, define prioridades e aumenta a qualidade de vida.

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Imagem: Jantanee Runpranomkorn / Shutterstock.com

Por onde eu devo começar a organizar minhas finanças pessoais?

Veja a seguir um excelente passo a passo inicial para montar a organização das suas finanças pessoais. Confira!

Conheça as entradas e saídas de dinheiro

Pode parecer óbvio, mas a verdade é que quem quer organizar suas finanças pessoais precisa começar do começo. É, é isso mesmo. Isso quer dizer que o primeiro passo é fazer um diagnóstico da situação atual. Ou seja, todos os ganhos e despesas precisam ser discriminados. 

Isso é necessário para que se possa ter uma clara ideia do que está acontecendo, pois sem isso não há como montar um plano para organizar as finanças pessoais. E um dos principais pontos em relação a esse assunto é ser bastante crítico no momento de fazer as anotações desse “fluxo de caixa”.

Faça a organização das finanças pessoais com planilhas

Você pode muito bem fazer as anotações que citamos acima em um caderno, usando o famoso papel e caneta. No entanto, o mais indicado é que use uma planilha de controle de gastos para facilitar os cálculos e visualizações. Afinal de contas, a tecnologia está aí para ser usada a nosso favor. Então, que seja assim.

Nesse momento, é muito importante descrever todas as entradas de dinheiro e, principalmente, as saídas. Normalmente, é nesse passo que os pequenos gastos são ignorados e isso é um erro.

Aquele pequeno gasto diário que não é contabilizado pode se tornar um grande consumidor de dinheiro no final do mês. Então, é preciso identificar isso, para organizar suas finanças pessoais.

Tenha um padrão de vida conforme o valor que ganha

Esse é um dos pontos que podem tocar a personalidade de uma pessoa e ir além de uma organização financeira. A razão disso é que podem haver aspectos psicológicos envolvidos e essa é uma questão muito delicada. Há pessoas que acreditam que devem “passar” uma imagem de serem o que não são, e isso é um grande problema. 

Estamos falando do famoso “ostentar”. Quem gosta de fazer isso mas não tem dinheiro suficiente pode estar em sérios problemas – sacrificando a organização das finanças pessoais.

No entanto, não é preciso chegar a um nível tão grave do problema, basta viver acima do padrão de ganhos.

Sendo assim, ajuste seu padrão de vida para viver dentro das suas possibilidades, pois isso lhe dará substância para aumentar o nível de vida, acredite.

Pague as dívidas

Aqui existe um ponto muito importante a esclarecer: trata-se da diferença entre compromisso e dívida. Um compromisso é um pagamento que deve ser feito no futuro (como uma prestação do cartão de crédito). Já uma dívida passa a existir no momento em que o compromisso não é honrado e fica em atraso.

De qualquer modo, a organização das finanças pessoais deve prever os dois. E no caso de haver dívidas, elas devem ser pagas o quanto antes, pois sobre toda dívida existem juros. Eles são capazes de levar grande parte da riqueza de uma pessoa. Portanto, quanto antes elas forem pagas, melhor.

Economize

Com os compromissos em dias e as dívidas quitadas, é possível passar ao próximo passo, o de economizar. E por fazer economias, é necessário entender que se fala de fazer investimentos. Nesse sentido, vale estudar quais são os investimentos que melhor se adaptam ao seu perfil e investir neles.

Aqui vale ressaltar que de nada vale começar a investir sem antes pagar as dívidas. A razão disso é que geralmente os juros das dívidas são muito maiores que os juros de algum investimento. Portanto, primeiro pague as dívidas para só depois investir. 

Caso não sobre dinheiro para investir, você pode pensar em criar novas fontes de renda, fazendo pequenos trabalhos nos horários vagos. Pelo menos no início, essa estratégia pode ajudar bastante, mesmo que seja um pouco cansativo.

Estude

Lembre-se: a educação financeira é um processo contínuo. Da mesma forma que é preciso desenvolver disciplina na organização financeira, também é necessário adquirir mais conhecimento ao longo do tempo.

É isso que diferencia os vencedores daqueles que ficam pelo caminho. Portanto, invista em conhecimento e saiba que todo o processo leva tempo para acontecer.

(Com Ronaldo Araújo)

Imagem: Prostock-studio / Shutterstock.com