Presidente do Banco do Brasil apoia privatização do banco
Durante reunião com deputados da comissão do Congresso que monitora ações econômicas relacionadas à pandemia de coronavírus, Rubem Novaes, presidente do Banco do Brasil, causou polêmica. Conforme dito por Rubem Novaes, no momento atual, há realmente uma dificuldade dos bancos em oferecerem crédito a pequenos empresários. Além disso, ela também defendeu a privatização do Banco do Brasil. Veja mais detalhes nessa matéria.
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Presidente do Banco do Brasil apoia privatização
Na reunião que foi realizada na última segunda-feira (8), Novaes admitiu desinteresse dos bancos em oferecer crédito a pequenos empresários e defendeu privatização do Banco do Brasil. De acordo com o presidente do Banco do Brasil, o crédito para pequenas empresas não seria uma “demanda saudável”. “E não é uma demanda saudável. É a demanda dos desesperados. Não é uma demanda para produzir, não é uma demanda para vender, não é uma demanda para investir”, declarou Novaes.
Em relação à possibilidade de privatizar o Banco do Brasil, Novaes afirmou que essa mudança poderia principalmente tornar o processo decisório mais ágil, tornando o banco mais competitivo. Conforme Novaes, “A minha dúvida é se, com as amarras que nós temos do setor público, vamos ter velocidade de transformação que nos permita uma adaptação a esse novo mundo. Eu sinceramente desconfio que não. Hoje, o Banco do Brasil, apesar de ser extremamente eficiente, ter um pessoal extremamente qualificado e dedicado, concorre com os outros bancos com bolas de chumbo amarradas aos pés. As decisões são todas demoradas, têm que passar por TCU, Sest, Secom, CGU…”
As declarações defendendo a privatização do Banco do Brasil sem dúvida geraram reações em alguns deputados. Reginaldo Lopes (PT-MG), por exemplo, discordou afirmando que o Banco do Brasil, como banco público, tem papel importante no desenvolvimento da economia brasileira. Mauro Benevides Filho (PDT-CE) contestou Novaes afirmando que os diversos títulos recebidos pelo banco sugerem que ele não deveria ser vendido, pois o banco seria eficiente.
Empréstimos
Sobre os empréstimos para pequenas empresas, Rubem Novaes ainda disse que o Banco do Brasil está fazendo a sua parte e que já prorrogou quase R$ 25 bilhões de empréstimos de pequenas e médias empresas. No entanto, os novos créditos atingiram pouco mais de R$ 8 bilhões.
A diretoria do banco confirmou um questionamento do relator, deputado Francisco Jr (PSD-GO): clientes que não pagaram as suas dívidas há menos de 5 anos não terão acesso a crédito novo no BB, mesmo na situação atual. Novaes explicou que os bancos buscam a rentabilidade.
Conforme Novaes, “é muito difícil atingir o pequenininho. O custo de servir, o custo de atingir o pequeno geralmente não compensa para o sistema bancário. O banco passa a ter outras atividades que o remuneram melhor. Se tem uma atividade com menor atratividade, o banco vai buscar aquilo que lhe interessa mais fazer, é natural”.
O presidente do Banco do Brasil disse que o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) deve decolar agora porque o governo vai garantir 85% do prejuízo dos créditos não pagos.
O relator da comissão mista, deputado Francisco Jr., reclamou que vários requerimentos de informação dos parlamentares não estão sendo respondidos pelo governo. O presidente da comissão, senador Confúcio Moura (MDB-RO), disse que vai ligar para as autoridades responsáveis para cobrar as respostas.
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Fonte: Agência Câmara de Notícias
Imagem destacada: Cleia Viana/Câmara dos Deputados (Arquivo)