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Real Digital: o que é e como pode afetar o seu bolso

Com o avanço da pandemia, e a digitalização dos meios de pagamentos, o dinheiro em espécie está perdendo espaço na carteira dos brasileiros. Enquanto isso, o número de adeptos às criptomoedas tem crescido cada vez mais. Assim, o Banco Central (BC) optou por aderir às moedas digitais, e promete o lançamento da sua: o real digital. Abaixo, confira o que é o Real Digital, e como ele pode afetar o seu bolso. 

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O que é o Real Digital?

As CBDC (da sigla em inglês Central Bank Digital Currency) consistem na emissão de moedas digitais por bancos. A criação de novas moedas digitais é um tema muito pesquisado pelo mundo todo. No Brasil, passou a ser uma opção do governo brasileiro no ano passado.

A partir da criação de um grupo de trabalho em cima da criação da nova moeda brasileira, o ministro da Economia Paulo Guedes já proferiu que a mesma vai acontecer. Dessa forma, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, passou a tratar a CBDC como uma atualização natural do processo de modernização do sistema financeiro.

Campos Neto projeta que a nova moeda do Brasil terá lançamento em 2022. Enquanto isso, o presidente cita que o sucesso do Pix, paralelo ao crescimento das fintechs no Brasil, só tem a contribuir com esse lançamento. Ele expõe que “a moeda digital se encaixa em um mundo em que há mais negociações digitais”.

Como vai funcionar o Real Digital?

O presidente do BC ainda não deu todos os detalhamentos de como vai funcionar a nova moeda digital do Brasil. Entretanto ele promete “começar a soltar aos poucos” os detalhes do projeto. 

Para o especialista em finanças e tecnologia e professor de sociologia econômica da Universidade de Brasília (UnB), Edemilson Paraná, o Banco Central quer “se posicionar de maneira hierarquicamente superior nesse movimento inevitável de digitalização da moeda”, quando cria um projeto de moeda digital própria no Brasil. 

De acordo com a especialista em câmbio da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Zilda Mendes: 

“As moedas digitais lançadas por bancos centrais têm esse organismo governamental por trás. Então, são só mais uma forma de emitir a moeda oficial do país. Em vez de emitir papel-moeda, o BC emite a divisa na forma digital. É um real digital, não é uma moeda nova. E, assim como o real, o real digital também será emitido, controlado e fiscalizado pelo Banco Central”

Além disso, a especialista cita que por isso, a moeda digital também vai ser um meio de trocas do sistema financeiro mundial. Entretanto, essa novidade não vai acabar com a moeda em espécie por enquanto.

Para os especialistas, a moeda digital brasileira tornar fácil as transações financeiras, bem como os pagamentos e transferências. Além disso, pode ser usada em liquidações nos mercados financeiros. Dessa forma, uma moeda digital se torna eficiente para fazer pagamentos, na inclusão financeira, na estabilidade, na implementação de políticas monetárias, bem como segurança.

Como ele afeta o seu bolso?

Em suma, o real digital do Brasil deve acompanhar as tendências do mercado. De acordo com Rudá Pellini, cofundador da Wise&Trust e autor do livro O Futuro do Dinheiro, as vantagens da tecnologia vão muito além do que temos com o Pix, que já possibilita fazer transações financeiras em um “ambiente digital” com agilidade.

Apesar de ser um facilitador, o Pix ainda é apenas um meio alternativo de pagamentos, enquanto a CBDC oferta novas possibilidades: “Com o Real Digital, poderemos ter integrações com protocolos de Finanças Descentralizadas e uma série de outras inovações no próprio protocolo da moeda”, explica Pellini.

De acordo com Pellini, a principal vantagem do real digital estaria na independência. Ou seja, assim como outras criptomoedas, seria possível lidar com o ativo sem depender de um banco ou instituição financeira. O usuário só precisaria de um app de carteira no celular para fazer as operações, com tudo sendo validado no blockchain.

Sendo assim, o real digital pode significar um avanço sem precedentes para a economia do Brasil. Nesse contexto, Pellini diz que qualquer projeto capaz de estimular a integração, segurança e redução de custos é “mais um passo no caminho da liberdade financeira do brasileiro”.

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Imagem: RHJPhtotoandilustration / shutterstock.com