Novo rival do Ozempic? Remédio experimental faz perder peso sem cortar o apetite

Nos últimos anos, remédios como Ozempic e Wegovy se tornaram protagonistas no combate à obesidade. No entanto, apesar da eficácia, muitos pacientes relatam efeitos colaterais desconfortáveis, especialmente ligados à redução do apetite e ao sistema digestivo.

Agora, surge uma nova promessa na luta contra o sobrepeso: um remédio experimental capaz de promover perda de peso sem afetar o apetite.

Chamado de SANA, ele já apresentou resultados surpreendentes em testes com animais, reduzindo até 20% da massa corporal, além de melhorar parâmetros metabólicos importantes.

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Como funciona o novo remédio que pode rivalizar com o Ozempic?

O que é o SANA?

O SANA é um composto experimental derivado do salicilato, substância presente em plantas, famosa por dar origem à aspirina (ácido acetilsalicílico). Contudo, seu foco não está na analgesia, mas sim na ativação de um processo natural do corpo: a termogênese.

Termogênese: o corpo queimando calorias sozinho

A termogênese é o processo pelo qual o corpo converte energia em calor. É uma função natural, essencial para a regulação da temperatura corporal, mas que também pode ser estimulada para acelerar o gasto calórico.

Ciclo fútil da creatina: o segredo da queima de gordura

O SANA atua diretamente no chamado “ciclo fútil da creatina”, um mecanismo onde as células de gordura utilizam energia para transformar creatina em fosfocreatina e depois de volta em creatina. Esse ciclo consome ATP — a “moeda de energia” das células —, liberando energia na forma de calor.

Isso significa que o corpo passa a gastar mais calorias mesmo em repouso, sem afetar o apetite, o sistema nervoso central ou o sistema digestivo.

Resultados dos testes com o SANA

Perda de peso significativa

Em estudos realizados com camundongos, o SANA levou a uma redução de até 20% da massa corporal, mesmo quando os animais foram mantidos com uma dieta rica em gordura.

Benefícios além do emagrecimento

Os testes também revelaram outros impactos positivos do remédio:

• Redução da glicemia (níveis de açúcar no sangue);
• Melhora na sensibilidade à insulina;
• Diminuição da gordura no fígado (esteatose hepática);
• Prevenção do acúmulo de gordura corporal, mesmo com dietas ricas em lipídeos.

Segundo os pesquisadores, esses resultados são comparáveis — ou até superiores — aos observados com remédios como Ozempic e Wegovy.

Sem efeito no apetite: diferencial do SANA

Por que isso é importante?

A maioria dos remédios para emagrecer disponíveis atualmente atua reduzindo o apetite ou gerando desconforto gastrointestinal, o que, embora eficaz, pode gerar:

• Náuseas;
• Vômitos;
• Diarreia;
• Mal-estar.

O SANA se diferencia por não interferir no sistema nervoso central nem no sistema digestivo, tornando-se uma opção potencialmente mais confortável e segura para os pacientes.

Publicação científica e credibilidade

O estudo sobre o SANA foi publicado na renomada revista científica Nature Metabolism, aumentando a credibilidade da pesquisa e atraindo atenção da comunidade científica internacional.

A pesquisa contou com a participação de instituições de ponta, sendo destacada pela Agência FAPESP, que ressaltou tanto a eficácia como a segurança do composto nos testes realizados até agora.

Eficácia em humanos: o que esperar?

Apesar dos resultados promissores em animais, o SANA ainda não foi testado em humanos. Segundo os pesquisadores, os próximos passos incluem:

• Ensaios clínicos em humanos;
• Testes de segurança e eficácia em longo prazo;
• Aprovação dos órgãos reguladores, como a ANVISA, FDA e EMA.

Caso os estudos confirmem os mesmos resultados, o remédio pode se tornar uma verdadeira revolução no tratamento da obesidade.

Por que este avanço é tão relevante?

A obesidade é considerada hoje uma epidemia global, associada a dezenas de doenças crônicas, como:

• Diabetes tipo 2;
• Hipertensão;
• Doenças cardiovasculares;
• Esteatose hepática;
• Apneia do sono.

Além dos impactos na saúde, a obesidade gera um alto custo para os sistemas públicos e privados de saúde.

O desenvolvimento de remédios que promovem a perda de peso sem efeitos adversos severos representa um avanço significativo tanto no ponto de vista médico quanto econômico.

Como o SANA se compara ao Ozempic e Wegovy?

Característica	SANA	Ozempic/Wegovy
Mecanismo	Termogênese via tecido adiposo	Atuação no sistema nervoso e digestivo
Ação no apetite	Não interfere	Reduz o apetite
Efeitos colaterais	Potencialmente menores	Náuseas, diarreia, desconforto
Perda de peso	Até 20% (em animais)	10% a 15% (em humanos)
Estado atual	Teste pré-clínico (em animais)	Aprovado para uso humano

Quando o SANA estará disponível?

Ainda não há previsão para o lançamento do SANA. O processo até a aprovação de um medicamento inclui:

1. Testes em animais (já concluídos com sucesso);
2. Ensaios clínicos em humanos (próxima fase);
3. Análise e aprovação por órgãos regulatórios;
4. Comercialização.

Esse caminho pode levar de 5 a 10 anos, dependendo dos resultados e da agilidade dos processos.

Cuidados e recomendações

Atenção: Até o momento, o SANA não está disponível para compra e qualquer oferta relacionada pode se tratar de fraude. Para quem busca tratamentos para emagrecimento atualmente, é fundamental:

• Consultar um médico especialista;
• Optar por tratamentos aprovados e regulamentados;
• Manter hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e atividade física.

FAQ – Perguntas Frequentes

O SANA já está disponível para venda?

Não. O SANA ainda está em fase de testes com animais e não foi aprovado para uso em humanos.

É mais eficaz que o Ozempic?

Nos testes com animais, o SANA demonstrou redução de até 20% da massa corporal, números superiores ao Ozempic. Porém, ainda é necessário testar em humanos.

O medicamento SANA causa efeitos colaterais?

Até agora, os testes indicaram que o SANA não gera efeitos no sistema digestivo nem no apetite. Contudo, são necessárias mais pesquisas.

Atua no cérebro ou no sistema digestivo?

Não. O SANA atua exclusivamente no tecido adiposo, estimulando a queima de gordura por meio da termogênese.

Quando estará disponível no mercado?

Se os testes clínicos forem bem-sucedidos, o medicamento pode chegar ao mercado em cerca de 5 a 10 anos.

Imagem: Freepik