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Copom faz novo corte e taxa Selic é reduzida para 3%

Uma medida comum para aquecer a economia em tempos de crise é o corte na taxa Selic. Ela é a taxa básica de juros, norteando as concessões de crédito e também o quanto é pago em investimentos. Na última segunda-feira (6), a taxa Selic foi reduzida pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) para 3% ao ano. Esse é o menor patamar da taxa desde 1999, quando se começou a ter taxas para a inflação no Brasil. A taxa anterior era de 3,75% anuais. Já é a sétima redução consecutiva, tendo essa série de baixas iniciado em julho de 2019. 

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Esse corte, que foi maior que o esperado pelo mercado, é uma forma de tentar reverter os impactos da covid-19 na economia brasileira. As consequências da pandemia afetam o mundo inteiro. O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê uma queda de 3% para a economia mundial em 2020. O cenário negativo faz com que os preços caiam e a inflação também, o que nem sempre é bom.

Com a taxa Selic reduzida, se espera que as pessoas fiquem mais suscetíveis a pedir empréstimos e mesmo consumir mais, em vez de guardar o dinheiro. Isso porque deixar o dinheiro aplicado já não é mais tão bom, com a taxa de apenas 3% ao ano. Além do pouco rendimento, somando o desconto do Imposto de Renda, o ganho nesses investimentos se torna mínimo.

Por que a taxa Selic varia tanto?

A taxa tanto pode sofrer redução quanto aumento ao longo do ano, dependendo do momento econômico vivido pelo país. Quando ela cai, o objetivo é aquecer a economia, incentivar o consumo e a tomada de crédito. Quando a Selic aumenta, é porque se quer evitar a inflação alta ao desacelerar a economia.

Essas mudanças na Selic servem para controlar a inflação, para que ela esteja dentro das metas definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Quando há cortes, os bancos também normalmente diminuem suas taxas de juros. Isso acaba se tornando um incentivo para os consumidores pegarem mais empréstimos e consumirem mais, ajudando a economia.

Itaú e Bradesco, por exemplo, são bancos que estão reduzindo a cobrança de juros para crédito entre essa semana e a próxima. O Itaú repassará o corte integralmente aos seus clientes, ou seja, as linhas de crédito terão corte nos juros de 0,75 ponto percentual.

Em outros cenários, diferentemente do que vemos hoje no Brasil, quando há muito consumo existe o risco da inflação aumentar. Isso causa o aumento de preços e prejudica a economia. Por isso, em momentos como esse, o Copom aumenta a taxa Selic.

O que fazer com a taxa Selic reduzida?

Com a taxa Selic reduzida, o que acontece é que os investimentos que são atrelados à Selic, assim como aqueles atrelados ao DI, rendem menos. São eles: o Tesouro Direto Selic, os CDBs, a poupança, os fundos DI, entre outros.

Quem está montando uma reserva de emergência não deve se preocupar tanto com rendimento, mas sim com segurança. Por isso, não é recomendado tirar tudo o que foi aplicado nesses títulos por causa do corte na Selic. Além disso, a renda fixa ainda pode ser atrativa, como no caso dos títulos do Tesouro Direto que ainda pagam bem, principalmente aqueles com vencimento mais longo, até 2035.

Mas e para quem quer investir?

Se você já tem a sua reserva e busca investimentos para ganhar um retorno maior, o indicado então é partir para a renda variável. Ações, fundos de ações, câmbios e ETFs são algumas opções para fazer o dinheiro render mais. Eles envolvem mais riscos, pois dependem do momento no qual está o mercado, mas podem trazer lucro.

Além disso, a renda variável é uma boa opção nesses cenários porque, com a taxa de juros mais baixa, o consumo é estimulado. Com mais pessoas comprando, mais as empresas têm lucro, beneficiando seus acionistas. Algumas empresas que estão sendo visadas nesse momento de crise são as relacionadas ao varejo, à energia elétrica e também os bancos tradicionais.

Antes de decidir onde investir, é preciso saber duas coisas: o seu perfil de investidor e o seus objetivos para aquele dinheiro. O seu perfil define o quanto você está sujeito ao risco. É possível descobrir se você é conservador, moderado ou agressivo fazendo os questionários das próprias corretoras de valores.

Em relação aos seus objetivos, é preciso saber quando você pretende resgatar o dinheiro, o quanto é importante evitar as perdas e o quanto você espera que ele renda. Assim você poderá escolher onde investir de forma mais consciente, afinal há investimentos que demoram anos até que você consiga resgatar.

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Imagem: energepic.com / Pexels