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Ainda é seguro comprar nas Lojas Americanas?

Muitos consumidores se fazem essa pergunta desde a notícia sobre rombo bilionário. O que especialistas dizem sobre comprar nas Americanas?

A comunicação de que a Americanas tinha um rombo bilionário em suas contas gerou uma onda de preocupação entre acionistas, bancos e obviamente consumidores. “Ainda é seguro comprar nas Lojas Americanas?”, perguntam-se muitos potenciais clientes brasileiros.

Por meio de nota divulgada na última quinta-feira (19), a Americanas garantiu que “seguirá operando normalmente”, agora dentro das regras estabelecidas pela recuperação judicial.  A 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro aceitou o pedido do grupo para reorganizar suas contas.

A preocupação com os direitos do consumidor não parte apenas dos clientes, mas também se expressam por atitudes como, por exemplo, a do Procon-SP. No último dia 13, o órgão notificou a Americanas, com o objetivo de entender como as últimas notícias impactariam os cidadãos.

Clima de insegurança generalizado em torno da Americanas

Em entrevista ao jornal “O Globo”, a economista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) Ione Amorim recomendou que os consumidores tivessem cautela. Para Ione, há um clima de insegurança generalizado em torno das Americanas.

“Os fornecedores temem não receber pela mercadoria entregue a Americanas e o consumidor que os produtos comprados não cheguem as suas casas”, avalia. Ela acrescenta que o consumidor que conhece e confia no grupo, deve analisar os riscos que quer correr.

O chefe de gabinete do Procon-SP, Guilherme Farid, concorda com a economista. Contudo, salienta que a relação entre empresa e consumidor segue dentro da normalidade por enquanto. A Americanas respondeu nesta quarta-feira (18) a notificação feita pelo Procon-SP.

Resposta das Americanas ao Procon-SP

De acordo com Farid, o grupo informou que a crise financeira que atravessa não afetará as relações de consumo. Ele também diz que o Procon-SP não encontrou grande disparidade na quantidade e na natureza das reclamações sobre a empresa após a notícia do rombo.

“Não é motivo de preocupação para o consumidor a aquisição de compras”, concluiu também em entrevista ao “O Globo”. Ele adverte, porém, que um eventual fracasso da recuperação judicial, em algum nível, pode impactar o consumidor.

O advogado do Idec, David Douglas Guedes, também avaliou que evitar comprar na Americanas, por ora, é desnecessário. Ele sugere que, em compras online, é importante atentar-se aos prazos de entrega e registrar tudo com capturas de tela. Essas dicas, inclusive, valem para qualquer e-commerce.

“Neste momento [de recuperação judicial], o que uma empresa mais precisa é respeitar o direito do consumidor. Tem que continuar a vender para ter um respiro e sair bem desse processo“, salientou Guedes em entrevista ao portal UOL.

Imagem: Leandro Marques / Shutterstock