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Melhores bancos para pedir financiamento

Um financiamento nada mais é do que um crédito, contraído com um banco, para pagar por um bem, seja uma casa ou um carro

A casa própria é um dos principais sonhos do brasileiro quando o assunto são bens materiais. Contudo, para chegar até lá, é importante encontrar o melhor banco para fazer um financiamento.

Isso porque o financiamento é uma das formas mais comuns de adquirir um imóvel — e o motivo é até bastante óbvio: uma casa não é nada barata. Isso faz com que, para a maioria das pessoas, seja impossível desembolsar o valor à vista.

Por isso, é preciso recorrer a um banco, que será capaz de financiar esse imóvel para que as parcelas sejam pagas mensalmente, ao longo de anos.

Citamos acima o caso de uma casa, mas o mesmo racional vale para a compra de um carro ou uma moto. 

Neste artigo, vamos nos debruçar sobre o que é, como funciona e em quais situações se pode pode pedir um financiamento, além de trazer as taxas praticadas.

O que é um financiamento

Inicialmente, um financiamento nada mais é do que um crédito. Isso quer dizer que uma pessoa contrai uma dívida com o banco para pagar por um produto: no caso dos financiamentos, normalmente uma casa ou um veículo.

Por se tratar de um bem muito caro, é natural que as pessoas não possuam o valor disponível em mãos quando decidem pela compra. 

O banco, por outro lado, é uma instituição que tem a movimentação de grandes volumes financeiros como foco.

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Mas o valor do imóvel não é inteiramente “parcelado” no financiamento. As condições sempre variam, mas via de regra é necessário dar uma entrada à vista. 

Então, o restante do valor é pago mensalmente para a instituição credora, sempre com juros.

No caso de um financiamento imobiliário, o banco se torna o proprietário do imóvel.

Enquanto isso, a pessoa que buscou o financiamento e mesmo mora na residência tem o direito à posse dela.

Portanto, apenas após quitar completamente a dívida, é que o bem será, em definitivo, da pessoa que utilizou o financiamento para sua compra.

Como conseguir um financiamento

Diversos critérios são considerados pelos bancos para aprovar um financiamento. O mais óbvio deles, é claro, é a renda de quem solicita. 

Para conseguir um crédito para pagar a casa própria, é preciso comprovar que os rendimentos serão suficientes para amortizar a dívida, ao longo do tempo contratado.

Essa comprovação é feita por meio da apresentação do holerite ou outros comprovantes de renda, no caso de autônomos, por exemplo. 

A renda da família pode ser somada para conseguir um financiamento. No entanto, o empréstimo não pode comprometer mais que 30% da renda familiar per capita.

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Bom pagador

O perfil do solicitante do financiamento também é considerado. Além da renda, um fator importante a ser considerado é o histórico de crédito. 

Os bancos avaliam se aquela pessoa quitou antigas dívidas e empréstimos no passado dentro do prazo.

A reserva do valor de entrada também é importante para definir o financiamento. 

Tanto a aprovação quanto os critérios do crédito, como juros e duração, dependem de qual será o montante pago na entrada do financiamento.

O banco em questão também exige os documentos do imóvel, como a matrícula dele em cartório.

Com tudo isso avaliado, é possível negociar os critérios para a aprovação do financiamento. 

bom pagador

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Os bancos traçam um perfil para aquela venda e estabelecem quais serão as particularidades do contrato.

Entretanto, existem variações de todos os tipos, dependendo de todos os critérios citados. 

Uma entrada de maior valor, por exemplo, pode possibilitar uma taxa de juros menor, bem como um parcelamento em menor prazo.

Tudo está associado ao risco. Para o banco, os riscos de um mal pagador são altos. 

Assim, um histórico de crédito ruim, bem como uma renda apertada para o pagamento das contas, normalmente levam a contratos com juros maiores e menos flexibilidade de parcelamento.

De onde vêm os recursos do financiamento imobiliário?

Financiamento pré-fixado e pós-fixado

Além dos juros, que são aplicados mensalmente no valor amortizado do financiamento, também podem ser cobradas taxas variáveis nas parcelas de juros, baseadas em índices inflacionários.

Por se tratar de um crédito que se estende pelo decorrer de vários anos, em muitos casos, é importante para as financeiras se proteger de variações da economia

A inflação representa as mudanças do “valor” do dinheiro — quanto a mesma quantidade de reais é capaz de comprar em períodos diferentes.

Para medir isso, existem diversos índices, como a Taxa Referencial (TR) e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Referenciado na TR

A TR é uma taxa definida pelo Banco Central do Brasil a fim de definir um parâmetro para as taxas de juros do país. 

Ela funciona de forma similar à Taxa Selic, e busca desindexar a inflação, estipulando como os atores do mercado devem variar suas taxas.

Financiamentos com referência na Taxa Referencial tendem a possuir uma variação menor nos valores, já que o índice não tende a mudar tanto. Sua principal vantagem é a previsibilidade.

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Referenciado no IPCA

O IPCA é um índice desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Ele é calculado com base nas variações de preço de uma série de serviços e produtos no decorrer do tempo.

Financiamentos baseados no IPCA tendem a possuir taxas de juros menores, no entanto, ela é mais imprevisível, já que o cálculo do índice tem variações inflacionárias maiores.

Amortização

Outro fator importante a se observar é a maneira de amortização da dívida ao longo do tempo. No mercado, há dois modelos de amortização consolidados, conhecidos como sistema ou tabela SAC e Price.

Basicamente, a diferença entre ambos é de que a tabela SAC (Sistema de Amortização Constante) é caracterizada por suas parcelas decrescentes, enquanto na Price a amortização sobe ao longo do tempo e o seu valor mensal é fixo, desde o início.

Neste artigo detalhamos os conceitos do sistema SAC e Price, assim como suas vantagens e desvantagens. 

Assim, você pode escolher o melhor para o seu caso!

Melhores bancos para pedir financiamento

Agora, para definir os melhores financiamentos oferecidos pelos bancos, o Seu Crédito Digital utilizou como base a tabela de taxas de juros do Banco Central, registrada no mês de Novembro de 2022, para os de bancos com mais correntistas no País.

Além disso, também foram consideradas apenas as taxas de mercado, e não aquelas reguladas — como as que são aplicadas no programa Minha Casa Minha Vida ou Casa Verde Amarela. Vamos conhecê-las:

Com taxa pré-fixada

Apenas dois dos maiores bancos possuem financiamentos imobiliários com taxas pré-fixadas. São eles a Caixa e o Santander, com os seguintes valores.

  • Caixa: 0,8% ao mês; 10,08% ao ano
  • Santander: 0,95% ao mês; 11,99% ao ano

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Com taxa pós-fixada pelo TR

Entre os 10 maiores bancos do Brasil, cinco oferecem opções com taxa pós-fixada baseada na TR. São eles:

  • Bradesco: 0,57% ao mês; 7,05% ao ano
  • Caixa: 0,59% ao mês; 7,35% ao ano
  • Itaú: 0,77% ao mês; 9,66% ao ano
  • Branco do Brasil: 0,74% ao mês; 9,29% ao ano
  • Santander: 0,80% ao mês; 10,05% ao ano

Com taxa pós-fixada pelo IPCA

Apenas a Caixa entre os maiores bancos brasileiros utiliza taxas pós-fixadas pelo IPCA em financiamentos com taxas de mercado. O valor é de 0,39% ao mês e 4,84% ao ano.

(Com Iuri Santos) 

Imagem: Andrzej Rostek / Shutterstock.com