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Como funciona um empréstimo com imóvel em garantia

Essa é uma alternativa para se obter recursos com juros menores, mas também traz riscos maiores para quem pede o empréstimo

Quitar um imóvel é tido por muitas pessoas como uma das grandes realizações pessoais e financeiras. A segurança de ser dono da própria residência realmente pode ser um alívio, mas ter um local para morar não é o único benefício. Ainda é possível utilizar a residência como garantia para um crédito.

E não é de se espantar que essa seja uma modalidade de crédito oferecida por diversos bancos.

Conforme Censo QuintoAndar de Moradia, realizado em parceria com o Datafolha, 7 a cada 10 pessoas que moram no país vivem em uma casa própria. E mais, 62% dessas residências são quitadas.

Essa é uma informação importante, já que o empréstimo com imóvel como garantia demanda que esse bem não esteja sendo financiado.

Mas você não precisa entender tudo agora. Neste texto, esclarecemos todas as dúvidas sobre o empréstimo com imóvel como garantia.

Como funciona um empréstimo

Pode parecer simples, mas não é. Um empréstimo envolve riscos, juros, prazos e diversos outros fatores.

Conhecer bem as principais variáveis ajuda não apenas a diminuir os riscos de ter um problema financeiro futuro, mas também compreender porque opções com garantias, como imóveis, costumam ser as mais baratas.

Um empréstimo nada mais é do que um crédito: um recurso financeiro oferecido por uma instituição que espera ter esse valor de volta.

Mas nem sempre é assim. Essas instituições devem lidar com o risco de que uma pessoa seja inadimplente — ou seja, não pague a dívida.

Sendo assim, para se ter ideia, 68,4 milhões de brasileiros se encontravam com alguma dívida em novembro de 2022, segundo dados do Serasa Experian.

Sob a justificativa desse risco, os bancos cobram juros pelo crédito ofertado. É daí, portanto, que vem boa parte dos seus lucros.

Quase todos os critérios da contratação de um crédito têm a ver com a segurança. Com maiores garantias, sejam sobre bens ou perfil do devedor, os bancos podem estipular condições melhores ou piores para os empréstimos.

No caso de rotativos de cartões de crédito ou cheques especiais, por exemplo, os juros tendem a ser mais altos. 

Como não existe garantia de pagamento nesses casos, os bancos consideram que o risco de inadimplência é maior.

O oposto ocorre com opções como créditos consignados, financiamentos e empréstimos com garantia. Em todos esses casos, a segurança é maior devido à presença de garantias.

Qual a diferença de um financiamento para um empréstimo com garantia de imóvel

Os tipos mais comuns de financiamento estão relacionados com bens como veículos e imóveis. 

Por isso, pode haver uma confusão: afinal, qual a diferença entre eles e o empréstimo com garantia de imóvel.

A grande diferença está justamente na finalidade do crédito.

Enquanto no caso dos financiamentos o destino do dinheiro cedido pelo banco é exclusivamente o pagamento do bem, como uma casa, nos empréstimos um valor monetário é transferido para o devedor e pode ser utilizado livremente.

Em ambos os casos, no entanto, os juros são relativamente baixos em relação a outras opções.

Quando um empréstimo com garantia de um imóvel é contratado, bem como um financiamento, o bem em questão é alienado à instituição financeira. 

A alienação é, basicamente, a garantia.

A pessoa segue com o direito de uso daquele bem, mas pode ser tomado pelo banco. Caso a dívida não seja paga, o imóvel pode ser transferido à instituição que ofereceu o empréstimo.

Como fazer um empréstimo com garantia de imóvel

Primeiramente, é necessário solicitar um empréstimo com garantia de imóvel é buscar pela financeira correta ou banco. 

Antes mesmo de qualquer avaliação, é possível solicitar simulações ou tirar dúvidas pelos sites ou demais canais das instituições.

Depois dessa primeira etapa, a financeira começa as avaliações.

Quem faz a avaliação das condições do imóvel para definir o seu valor é uma empresa terceirizada, para evitar qualquer viés. Em muitos casos, terrenos sem construção também são aceitos nesta modalidade de crédito.

Também são averiguados os documentos, a fim de afirmar a regularidade jurídica do bem. Isso tudo, é claro, somado à própria avaliação do perfil do solicitante do crédito.

Essa é uma parte bastante definitiva do processo. A avaliação do imóvel, bem como do histórico de crédito do devedor, serão a base das condições de crédito, definindo a taxa de juros, o prazo de pagamento e o valor máximo do empréstimo.

Ao fim dessas definições, é chegado o momento de fechar o negócio.

Com a assinatura e devidos procedimentos legais, o contrato é firmado e a pessoa passa a ter acesso ao crédito. O pagamento nem sempre é imediato.

Além disso, alguns bancos oferecem opções de início de pagamento com alguns dias além do primeiro mês.

Conheça opções de empréstimo com garantia de imóvel

Para se ter uma ideia de como é o mercado de crédito com garantia de imóvel hoje, confira abaixo as condições de alguns bancos e financeiras.

Vale lembrar que essas informações foram levantadas a partir de divulgação das instituições em janeiro de 2023. Em alguns casos, tratam-se das melhores condições disponíveis, mas podem haver variações em cada caso.

Portanto, informe-se diretamente com o banco e faça simulações para entender o seu cenário.

Creditas

  • Juros a partir de 0,99% ao mês + IPCA
  • Até 240 meses para pagar
  • Até 90% do valor do imóvel em empréstimo
  • Simulação

Banco do Brasil

  • Até 240 meses para pagar 
  • Empréstimos de R$ 35 mil a R$ 5 milhões
  • Simulação

Inter

  • Juros de 1,0% ao mês + IPCA ou 1,5% ao mês
  • Até 240 meses para pagar
  • Até 50% do valor do imóvel em empréstimo
  • Simulação

Santander

  • Juros a partir de 1,05% ao mês
  • Até 240 meses para pagar
  • Até 60% do valor do imóvel em empréstimo
  • Simulação

Caixa

  • Taxa de juros prefixada ou indexada pela TR, pelo IPCA ou pela Poupança CAIXA
  • Até 240 meses para pagar no caso de imóveis urbanos e 180 para imóveis rurais
  • Até 60% do valor em empréstimo para imóveis urbanos e 50% em rurais
  • Simulação