Governo quer ampliar crédito com garantia de imóvel sem consulta ao SPC e Serasa
Ampliar crédito com garantia de imóvel (o chamado home equity) é um dos objetivos do governo em 2020. Com a nova medida, os bancos ficam mais seguros em poder recuperar seus recursos, enquanto os clientes conseguem melhores condições, com juros mais baixos. O Ministério da Economia quer criar uma central de garantias imobiliárias. Essa central iria informaria os bancos qual o valor dos ativos que os clientes teriam para dar como garantia. Muitas vezes, por haver garantia, esse tipo de empréstimo não tem consulta ao SPC e Serasa, então tal medida beneficia quem está com o “nome sujo”.
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Governo quer ampliar crédito com garantia de imóvel
Com a central, os cidadãos poderiam colocar o mesmo bem como garantia de dois empréstimos diferentes. Isso seria possível porque o imóvel seria de posse dessa instituição, como uma empresa, que iria gerir esses bens. O mesmo imóvel, porém, só poderá ser usado como garantia em outra tomada de crédito se houve uma diferença entre o valor do imóvel e o valor devido.
Essa iniciativa se deu a partir da constatação de que os imóveis são subaproveitados, podendo ser usados para que as pessoas possam pagar menos juros aos bancos. Se uma pessoa financiar uma casa, a ideia é que ela possa usar esse bem como garantia mesmo antes de quitar o financiamento.
Segundo o Banco Central, existe um mercado potencial de R$ 500 bilhões no país para esse tipo de crédito. No entanto, ainda faltam algumas etapas para essa novidade começa a valer. A primeira coisa é que o bem alienado precisa ser passível de divisão, para pertencer a essa central de garantias.
Nova medida possui entraves
Outro entrave é a tomada do bem pelo banco ou instituição financeira em caso de inadimplência. Hoje em dia, a justiça favorece os clientes em alguns casos, como quando ele mora no imóvel ou quando consegue quitar algumas das parcelas atrasadas. Se não houver facilidade para os bancos nesse sentido, talvez o projeto não vá para frente.
Além disso, também há a questão da portabilidade de crédito. Um dos objetivos dessa medida sem dúvida é facilitar a transferência de garantias entre instituições financeiras. Também deverá ser feita uma revisão da taxa que o cliente paga para cobrir os custos do banco que cede a portabilidade do bem. A medida provisória do agronegócio, que ainda não foi aprovada pelo Congresso, também inclui a possibilidade de usar os imóveis rurais como garantia para conseguir crédito nessa área.
Além dessa medida, existe uma discussão no Congresso sobre a criação da possibilidade de hipoteca reversa. Voltada principalmente aos idosos, ela prevê a alienação do imóvel pelo proprietário, que pode continuar morando nele, em troca de uma renda vitalícia.
Vantagens e desvantagens
A contrapartida do baixo custo de juros e do longo prazo para pagamento é o risco que você corre de ter seu imóvel tomado pela instituição financeira. O recomendado nesse caso é tomar o empréstimo em casos em que você tem a segurança de que irá cumprir com a sua dívida. Não assuma esse risco em tempos de instabilidade e lembre-se de que, se você não mora no imóvel, corre mais risco de perdê-lo.
É uma vantagem se você já tem o dinheiro do empréstimo investido, por exemplo, e não quer tirar do investimento, pois a taxa que recebe é maior do que os juros do empréstimo com garantia.
E então, o que você acha desse plano do governo de ampliar crédito com garantia de imóvel? Isso seria benéfico para você? Participe deixando a sua opinião nos comentários!
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