Itaú admite erros após perder para estes concorrentes
O Itaú Unibanco demorou muito para reagir na estratégia para competir com as novas empresas de tecnologia financeira, as fintechs. E isso, custou a participação de mercado e de rentabilidade. A afirmação surpreende não pela conclusão em si, mas por ter partido do próprio diretor de relações com investidores do Itaú, Renato Lulia Jacob. É dito isso, pois o reconhecimento público de um erro não é uma atitude que se espera do maior banco privado do Brasil.
iti, do Itaú, atinge 10 milhões de clientes e mira no Norte e Nordeste
Itaú admite erros após perder para estes concorrentes
Com 13 mil profissionais dedicados à área de tecnologia hoje, o Itaú dará um salto importante, com a conclusão do longo processo de consolidação de toda a base de dados acumulada pelo banco. Ou seja, 50 petabytes de informação, que devem melhorar os procedimentos de análise de crédito, padrões de consumo e sistemas antifraude.
E as ações?
Os números e os investimentos em modernização impressionam, entretanto na bolsa, as ações do banco (ITUB3 e ITUB4) seguem abaixo da avaliação histórica. Inclusive, são negociadas a valores inferiores aos das fintechs.
Nesse cenário, a notícia recente de que o Nubank poderia ser avaliado em até US$ 100 bilhões, em um futuro IPO em Nova York, chamou atenção. É dito isso, pois, se o fato se consolidar, o Nubank vai valer mais do que o Itaú vale hoje na B3 – US$ 40 bilhões.
Esse fato levanta a questão: as ações do Itaú estão muito baratas, ou as de tecnologia estão caras? “Talvez um pouco dos dois”, diz Jacob. Como diretor de RI, ele afirma que não pode falar sobre as ações do Itaú. Entretanto, avalia que a balança do mercado, agora, tende a pender de forma favorável para as ações de valor e boas pagadoras de dividendos em relação às de crescimento, como as techs.
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Imagem: Brenda Rocha – Blossom / shutterstock.com