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Qual melhor empréstimo para reformar a casa?

Saiba como fazer um empréstimo para reformar a casa, as melhores opções disponíveis e porque há grande diferença entre as taxas.

Os empréstimos para reformar a casa saltaram no Brasil como efeito da pandemia, por conta de um número maior de pessoas que passou a trabalhar no sistema de home office ou até mesmo de família que buscaram ter mais conforto, já que passaram mais tempo em suas residências.

Conforme levantamento da Casa do Construtor e de AGP Pesquisas, de 400 entrevistados, 68% afirmaram que fizeram algum tipo de reforma entre 2020 e 2021. O estímulo a mudar a casa levanta uma questão: quais são os melhores empréstimos para reformar a casa disponíveis?

Para responder isso, é importante compreender que existem empréstimos com finalidades específicas e outros em que o dinheiro pode ser utilizado da maneira que o solicitante achar mais adequada.

Nada impede que um empréstimo pessoal, por exemplo, seja utilizado para reformas domésticas. O mesmo vale, desde já, para um crédito com garantia e algumas outras modalidades.

Pensando nisso, vamos buscar responder a todas essas questões neste artigo!

Diferença entre financiamento imobiliário e empréstimo para reformar a casa

É importante destacar que um financiamento imobiliário é diferente de financiamentos para construção ou reformas, bem como créditos destinados a esse fim.

O que é um financiamento imobiliário

Primeiramente, essa nada mais é do que uma linha de crédito que tem como destino a compra de um novo imóvel. Ele pode ser recém-construído, comprado na planta ou usado. Não importa. A regra, assim, é que o recurso contratado no banco deve ser utilizado no abatimento desse tipo de dívida.

Os financiamentos imobiliários, portanto, tem como base a chamada alienação fiduciária. Com ela, o imóvel fica alienado à instituição financeira como garantia.

Dessa forma, em caso de não pagamento da dívida, o banco pode tomar o bem para si.

No financiamento imobiliário, o crédito tomado pelo solicitante é destinado exclusivamente para a quitação da residência.

Empréstimo para reforma da casa

Aqui, é preciso distinguir dois tipos diferentes de empréstimo que podem ser utilizados em reforma da casa.

Existe a possibilidade de fazer um financiamento para construções e reformas. Nessa modalidade, o dinheiro tem um destino específico e não pode ser utilizado para qualquer outro fim.

No entanto, outras modalidades de crédito com utilização livre também podem ser utilizadas para fazer a reforma da sua casa. São os casos dos empréstimos pessoais ou consignados, por exemplo.

Cuidado ao tomar um empréstimo

Assim como qualquer empréstimo, um crédito para reformas deve ser bem avaliado antes de solicitado. O ideal é conseguir juntar esse dinheiro ao longo do tempo para não comprometer a saúde financeira.

Como todos os créditos, aquele utilizado para reformas e ampliações de um imóvel precisa ser pago com juros.

Geralmente, a quantia paga em juros é até maior do que o valor efetivamente emprestado. Sem um bom planejamento, essa dívida pode se tornar uma bola de neve e atrapalhar muito a vida de quem solicitou.

Conheça os tipos de empréstimos para reforma da casa

Para saber quais opções de empréstimo para reforma da casa estão disponíveis nas prateleiras dos bancos, vale antes destacar que financiamentos específicos normalmente também valem para construções em terrenos próprios.

Isso é, eles servem também para a construção de uma casa do zero.

Financiamento para reformas

No financiamento para reformas ou ampliações, o prazo para pagamento costuma ser longo, chegando até 35 anos. As condições podem ser simuladas com base em critérios como o valor do imóvel, o preço esperado da reforma, a existência de financiamentos em andamento e a localização do imóvel.

Para conseguir o financiamento, é necessário passar pela análise de crédito do banco. Além disso, o imóvel passa por uma avaliação de engenharia a fim de determinar seu valor de venda e suas condições de uso.

Se aprovado, portanto, o financiamento corre com o pagamento das parcelas mensais, como qualquer outro.

A Caixa é o principal banco a oferecer o financiamento específico para reformas, por meio do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Ele tem a alienação fiduciária como garantia.

No entanto, também é possível utilizar o FGTS para amortizar parcelas do financiamento ou mesmo liquidá-lo.

O Construcard, da Caixa, é uma das principais opções de crédito específicas para reformas. Por meio do cartão, é possível comprar materiais de construção em lojas credenciadas. Os lojistas recebem o valor à vista, mas o comprador pode parcelar os gastos em prestações.

Empréstimo com garantia

O empréstimo com garantias para reformar a casa é uma forma de conseguir um crédito com baixas taxas de juros.

As formas mais comuns de conseguir esse tipo de empréstimo são a utilização de imóveis e veículos como bens garantidores. Nesses casos, os bens ficam alienados à instituição financeira, que pode tomá-lo no caso de não pagamento da dívida.

Como normalmente uma reforma é feita na residência de propriedade do tomador da dívida, significa que ele possui uma casa. Se ela estiver quitada, é possível utilizá-la como garantia.

Os empréstimos com garantia tendem a possuir taxas de juros comparativamente menores às demais modalidades. Isso ocorre porque o banco possui, justamente, a garantia do bem que pode ser tomado caso as parcelas não sejam pagas.

Empréstimo consignado

O consignado é uma modalidade de crédito que também oferece baixo risco aos bancos. Isso porque esse tipo de empréstimo, que pode ser usado para reformar a casa, tem as parcelas descontadas diretamente da folha de pagamentos do solicitante.

Dessa forma, o consignado só pode ser feito por funcionários públicos, trabalhadores CLT, aposentados ou pensionistas, militares, beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), do Bolsa Família e da Renda Mensal Vitalícia (RMV).

Como há uma grande garantia de pagamento, essa modalidade também costuma ter juros mais acessíveis para o tomador do empréstimo.

Empréstimo pessoal

Por fim, o empréstimo pessoal é a modalidade com um pior custo-benefício em relação às outras citadas.

Além de juros maiores, um empréstimo pessoal tende a ser mais criterioso no momento da aprovação. 

Ele não possui as mesmas garantias das demais modalidades, o que torna, assim, suas condições menos interessantes.

Os valores contratados podem ser menores e as taxas de juros são maiores. Além disso, o prazo de financiamento pode ser um pouco mais restrito. Tudo isso depende também do histórico de crédito e da renda do solicitante.

(Com Iuri Santos)