Mercado eleva projeção para inflação nos próximos anos
As instituições financeiras divulgaram suas projeções sobre a inflação para este e os próximos anos. Confira os resultados da pesquisa.
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Dados do Relatório Focus divulgado na segunda-feira (15) apontam que as projeções sobre a inflação para os próximos anos seguem em alta. Em contrapartida, as expectativas para a taxa inflacionária para 2022 apresentam baixa.
A expectativa para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), indicador oficial da inflação, para 2022 caiu de 7,11% para 7,02% em uma semana. Contudo, para 2023, subiu de 5,36% para 5,38% e para 2024 passou de 3,30% para 3,41%.
As estimativas seguem o mesmo caminho. Esta é a 7ª queda consecutiva para a inflação deste ano e a 8ª para a do próximo. Porém, em relação a 2024, a elevação indica um desencontro com as projeções do Banco Central.
Vale ressaltar que as previsões do mercado tem se diferenciado das do Banco Central. Além disso, a meta estabelecida para a inflação pela autoridade monetária continua ultrapassada segundo os apontamentos do mercado.
Para 2022, o BC tem como meta 3,5% e para 2023, 3,25% com margem de 1,5 ponto percentual. Enquanto o mercado prevê 7,02% para este ano e 5,38% para 2023. Caso a meta seja ultrapassada, o que é provável, diante do cenário atual, será o terceiro ano consecutivo.
Previsões do mercado
A Selic, taxa básica de juros, que funciona como ferramenta para conter a inflação, também teve suas previsões apontadas pelo mercado.
Apesar de acreditar em uma inflação maior para os próximos anos, os analistas mantiveram suas estimativas acerca dos juros para 11% em 2023 e 8% em 2024. Para este ano, as previsões seguem em 13,75%, alíquota atual.
As instituições financeiras afirmam que em relação ao câmbio, o posicionamento continua igual. Para 2022, 2023 e 2024, o dólar deve chegar a R$ 5,20, R$ 5,10 e R$ 5,10, respectivamente.
Já o PIB (Produto Interno Bruto) apresentou crescimento para este ano e os próximos. Em 2022, de 1,98% para 2%, em 2023, de 0,40% para 0,41% e em 2024, de 1,70% para 1,80%.
Deflação pontual
A deflação de 0,68% ocorrida no mês de julho deve ser pontual segundo os especialistas. Os combustíveis e a energia elétrica puxaram a queda da inflação devido às medidas adotadas pelo Governo Federal com a redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), aos anúncios da Petrobras de diminuição de preços e a revisão das contas de luz aprovadas pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Nesse sentido, tais acontecimentos devem influir sobre essas áreas de forma temporária. A desoneração dos impostos, por exemplo, só vai até dezembro deste ano.
Esse movimento pressiona a inflação para o próximo ano e retarda a diminuição da taxa de juros dentro do período estipulado pelas autoridades financeiras.
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Imagem: SewCream / Shutterstock.com