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É melhor pagar INSS ou investir? Descubra!

Decisão depende de cada caso, pois pagar INSS em muitos casos é obrigatório; mas há vantagens nas duas opções. Entenda!

Não é de hoje que muita gente se pergunta se é melhor pagar INSS ou investir por conta própria. Com rumores que o sistema previdenciário brasileiro pode quebrar em algum momento por ter um sistema de partilha, há quem se preocupe em contribuir e não receber. Nesse caso, a solução poderia ser manter os próprios investimentos para o futuro.

Para entender melhor essa questão, continue a leitura e fique mais bem informado!

Por que existe a dúvida entre pagar INSS ou investir?

Quando se fala em aposentadoria pelo Instituto Nacional do Seguro Social ― INSS ― muitas divergências aparecem. Alguns especialistas recomendam nunca deixar de contribuir, até mesmo por ser uma exigência legal. No entanto, existem os contribuintes facultativos e estes podem escolher se aposentar por meio de aplicações financeiras.

Quem defende esta última abordagem indica que o INSS é uma espécie de pirâmide financeira. O conceito não está totalmente equivocado, pois a seguridade social brasileira é mantida sob o sistema de partilha e não sob o sistema de capitalização. No sistema de partilha, os contribuintes mais novos pagam as aposentadorias dos mais velhos.

Conta não fecha

O problema dessa matemática começa a surgir quando a demografia populacional é observada mais de perto. Como os casais têm cada vez menos filhos (ou muitas vezes nem os têm), surgem menos pessoas para contribuir. Em contrapartida, a expectativa de vida do brasileiro sobe cada vez mais. Realmente, parece ser uma conta que não fecha.

Se isso for verdade, se a conta não fechar, um dia a previdência brasileira quebrará. E é bom lembrar que isso já aconteceu em outros países, até mesmo em nações da Europa. A velha história se repete: de reforma em reforma, o problema é adiado até o dia que não há mais solução.

Esse é o tipo de problema que a capitalização resolve, pois cada um carrega seus recursos para o futuro, sem depender de outros pagantes. No entanto, esse trecho da proposta foi negado na reforma da previdência de 2019 e o sistema de partilha foi mantido. Vale lembra que até então, o INSS era o maior programa de transferência de riqueza do planeta.

Assim, vem daí a argumentação que construir a própria previdência seria o melhor caminho, pois o INSS não é confiável. Se ele realmente quebrar, as contribuições passadas de alguém podem simplesmente ser desconsideradas e o dinheiro pode ser perdido. Já em aplicações financeiras isso não acontece, se tomados os devidos cuidados.

Quais são os benefícios de contribuir para o INSS?

Apesar de muitas pessoas observarem o INSS como um pagador de aposentadoria no futuro, a verdade é que ele se constitui em um sistema muito mais amplo. De fato, o INSS é um sistema de seguridade, que tem por objetivo amparar os brasileiros em determinados momentos de sua vida, inclusive na aposentadoria.

Sendo assim, contribuir para o INSS traz outras vantagens além de apenas uma aposentadoria no futuro para quando o momento chegar. Existem uma série de benefícios que o contribuinte pode acessar caso precise. Um deles é o auxílio-doença, por exemplo. Caso haja afastamento do trabalho por mais de 15 dias, o INSS paga o salário.

Outro ponto muito importante nessa discussão é a cobertura para dependentes. O INSS também tem benefícios que amparam essas pessoas e ajudam em momentos difíceis ou até mesmo permanentes. A pensão por morte ilustra bem esse caso. Outro exemplo é o auxílio-reclusão que ampara família de pessoas presas.

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Quais investimentos podem ser alternativa ao pagamento do INSS?

Existem muitas formas de fazer aplicações financeiras, desde o mercado de renda fixa até o mercado de renda variável. A seguir, explicaremos os dois principais investimentos utilizados para compor um plano de aposentadoria. Confira:

Previdência privada

Um dos principais meios de investimento para complementar (ou até substituir) a previdência oficial são as previdências privadas. Elas são oferecidas por instituições financeiras para que o titular do plano faça aportes mensais. A ideia é usufruir do capital acumulado ao longo do tempo quando chegar na fase de receber os pagamentos.

Tesouro RendA+

O Tesouro RendA+ é um novo título da plataforma do Tesouro Direto voltado para quem quer encorpar sua aposentadoria. Ele é um investimento no qual o titular faz partes mensais pelo prazo indicado no título (existem vários prazos) e, após chegado esse prazo, o investidor recebe o valor acumulado ao longo de 20 anos.

O interessante desse investimento é que tanto sua rentabilidade ao longo da fase de aporte quanto o recebimento durante os 20 anos após o vencimento do papel são corrigidos pela inflação. Isso dá um ganho real ao investimento e protege o poder de compra do dinheiro acumulado na fase de desfrute do recurso acumulado.

Aplicativo Meu INSS aberto no celular e notas de dinheiro ao lado
Imagem: Brenda Rocha – Blossom / shutterstock.com

É melhor pagar INSS ou investir?

No final das contas, por mais que existam diversos argumentos e questões contra e a favor da previdência oficial, fica a dúvida: é melhor pagar INSS ou investir?

A resposta para essa pergunta não segue um modelo padrão, pois além da preferência de cada um, existem também as obrigatoriedades legais.

Ou seja, para quem tem a obrigação de pagar, não há como fugir dessa regra. E nesse caso não estamos falando necessariamente dos trabalhadores registrados com desconto em folha, mas de todo cidadão que produz riqueza. É assim que o Governo enxerga essas pessoas, fixando-lhe a obrigação de contribuir com o órgão.

No entanto, há também quem prefira fazer um planejamento previdenciário para complementar sua aposentadoria. Esse talvez seja o melhor dos mundos, principalmente se a aposentadoria do INSS se der pelo teto, pois será possível ter o pagamento máximo do órgão.

Dessa forma, há também boas condições para fazer essa complementação no mercado de investimentos.

Além das alternativas já citadas, existem os planos de previdência fechados – os fundos de pensão. Eles são oferecidos por empresas que contribuem com a metade do pagamento, enquanto o empregado paga apenas a outra metade, mas fica com todo o benefício.

A decisão entre pagar INSS ou investir depende de cada caso, a contar de pessoas obrigadas a pagar e não têm a escolha de não contribuir e entre aquelas que podem optar por fazer por conta própria.

No final das contas, o mais importante é pensar a médio e longo prazo, pois ninguém consegue trabalhar para sempre.

(Com Ronaldo Araújo)