Bancos devem voltar a estender prazo para renegociação de dívidas
Veja as propostas dos principais bancos brasileiros.
Depois de renegociarem quase R$ 1 trilhão em contratos de empréstimos no ano passado, alguns bancos devem voltar a estender seu prazo para renegociação de dívidas. Em 2020, foram suspensos mais de R$ 146 bilhões em parcelas de financiamentos, especialmente durante o período de pandemia. Agora, os bancos brasileiros já começam a identificar novas dificuldades dos clientes na segunda onda da pandemia. Saiba mais a seguir.
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Bancos devem voltar a estender prazo para renegociação de dívidas
Assim, embora o consenso do setor financeiro seja de que a crise atual será menos profunda do que em 2020, algumas instituições já se preparam para uma nova rodada de medidas de apoio ao crédito de empresas e famílias. De acordo com o economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg, em entrevista ao Tribuna Online, a perspectiva é de que o efeito para a economia seja mais concentrado agora do que foi no ano passado.
“Há perspectiva de vacinação, ainda que lamentavelmente esse processo esteja atrasado. Mas há a perspectiva de que a situação vai melhorar a partir do segundo semestre.”, afirmou.
Bradesco oferece extensão de prazos desde início da pandemia
Entretanto, alguns bancos nem mesmo deixaram de conceder essa extensão de prazos durante o período do ano passado para este. Segundo o diretor executivo do Bradesco, José Ramos Rocha Neto, o banco sequer chegou a fechar as portas da renegociação de crédito desde o início da pandemia: “Por mais que o sistema permaneça aberto desde o ano passado, muitas vezes o cliente não se lembra dessa opção. Quando vejo que há uma redução no fluxo de caixa de uma empresa, posso já oferecer a prorrogação”, explicou ao Tribuna Online.
Além disso, Rocha afirmou durante a entrevista que os correntistas do Bradesco possuem dificuldades menores neste ano. Isso porque boa parte das empresas conseguiu criar alternativas para continuarem abertas, e hoje já se sentem preparadas para atuar por meio digital: “Vimos isso no setor de alimentação em 2020. Já houve esse aprendizado”, disse.
O que dizem os outros bancos?
O Santander informou ter tomado duas medidas neste ano para facilitar os pagamentos dos contratos de crédito. Uma delas foi a prorrogação por mais três meses da carência nas operações de giro para empresas. Já o Banco do Brasil informou que oferece linhas de renegociação que contemplam até seis meses de carência.
Por fim, a Caixa Econômica Federal declarou que oferece a seus clientes a possibilidade de pausar seus contratos de crédito e condições facilitadas para renegociação de dívidas. Para as micro e pequenas empresas, por exemplo, o banco ampliou o prazo de carência para início do pagamento do financiamento do Pronampe, de 8 para 11 meses.
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Imagem: fizkes / Shutterstock.com