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Bradesco é condenado a indenizar cliente por discriminação racial

O Bradesco foi condenado a pagar uma indenização de 50 salários mínimos (ou seja, R$ 52.250,00) por discriminação racial. No processo, um homem negro alegou ter sido impedido de entrar em uma agência do Bradesco em Jundiaí, no interior da São Paulo. Conforme Vanderlei Natalino Victorino, autor do processo, o banco não apresentou nenhuma justificativa aparente para tê-lo barrado.

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Bradesco é condenado a indenizar cliente por discriminação racial

De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo, Victorino foi impedido de entrar no local mesmo depois de ter se identificado como correntista da agência e ter feito o procedimento de depositar os pertencer no local indicado.

Enquanto a vítima tentava esclarecer a situação com os colaboradores do Bradesco, várias pessoas brancas podiam entrar na agência sem ser necessário dar nenhum tipo de esclarecimento. Algumas inclusive postavam objetivos metálicos, o que seria proibido de acordo com as regras do banco.

Por fim, a entrada de Vanderlei foi permitida, porém somente após ele ter passado por uma revista pessoal. Esse procedimento, no entanto, não foi feito em nenhum dos outros clientes, o que reforça a hipótese de ter ocorrido discriminação racial. Inclusive o Bradesco não negou as afirmações feitas pelo cliente.

Segundo o juiz Marco Aurélio Stradiotto de Moraes Ribeiro Sampaio, “nenhum outro usuário, mesmo desrespeitando as normas de segurança, fora submetido à situação vexatória pela qual passara o autor, a silenciosa e condescendente situação do racismo estrutural que, enquanto sociedade, reproduzimos e repetimos, infelizmente, que não o fazemos”.

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Imagem destacada: Everson Mayer / Shutterstock.com