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Como reduzir os custos de financiamento

Seja de carro ou imóvel, é possível reduzir os encargos e amortizar a dívida. Como vantagem, pode-se reduzir os valores finais. Confira!

Adquirir um imóvel ou um veículo não é simples. O comprometimento com as parcelas desses dois tipos de bens se estende, em alguns casos, por dezenas de anos. Por isso, conhecer formas de diminuir o valor de um financiamento pode ajudar a lidar mais rapidamente com essa dívida e melhorar a segurança financeira.

E existem algumas estratégias! Para conseguir melhores condições de financiamento, é possível tanto negociar com as instituições financeiras antes de fechar o contrato quanto acelerar o pagamento no decorrer do prazo negociado.

Neste artigo, vamos explicar como funcionam as etapas de um financiamento e como é possível reduzir seu prazo e valor.

Como conseguir melhores condições no financiamento

Antes mesmo de começar a pagar parcelas e tentar diminuir a sua dívida total no decorrer do prazo de vigência, já existem estratégias para amenizar o crédito contraído com as instituições financeiras.

Nem sempre elas dependem apenas do banco, mas do perfil do solicitante ou mesmo das condições macroeconômicas. No entanto, algumas possibilidades estão ao alcance dos cidadãos e podem ser interessantes na negociação. 

Confira a seguir!

Tenha um bom score de crédito

Ao analisar um pedido de financiamento, o banco sempre levará em consideração o histórico de crédito do solicitante.

Instituições financeiras recorrem a birôs de crédito, como Serasa e SPC, para fazer essa avaliação. Neste artigo explicamos como funciona a consulta ao Serasa.

São essas empresas que fornecem informações para compor uma espécie de “currículo de crédito” da população.

Quando se fala em score de crédito, estamos tratando de uma forma de mensurar, dentro de uma escala, quão seguro é para uma instituição fornecer crédito, como financiamentos, cartões ou empréstimos, para determinada pessoa.

Com um score mais próximo do máximo possível, as condições de financiamento oferecidas pelas financeiras, como prazos e taxas de juros, tendem a ser melhores.

E para manter o score bom, critérios como pagamento de contas no prazo, utilização de serviços como cartões, seguros e empréstimos, registros de dívidas e alguns outros devem ser alvo de atenção.

É possível conferir o próprio score no site do Serasa.

financiamento
imagem: Tero Vesalainen / shutterstock.com

Baixas taxas de juros

As taxas de juros dependem de uma série de complexas questões macroeconômicas. Não há nada que a população possa fazer quanto à sua variação.

Entretanto, estar atento aos índices de juros pode ajudar a encontrar melhores condições.

A principal referência para os juros no Brasil é a Taxa Selic, definida pelo Comitê de Política Monetária, o Copom, a cada 45 dias.

Quando sua taxa está em baixa, a tendência é de que os juros praticados pelas instituições financeiras também diminuam. 

Com isso, é possível encontrar financiamentos relativamente mais baratos, uma vez que os juros aplicados sobre o valor total da dívida são menores.

Entretanto, no sentido inverso, quando a Selic está em alta, o que acontece no primeiro semestre de 2023, os juros tendem a ser mais elevados.

Valor da entrada

Os juros de um financiamento têm como base de cálculo o valor total financiado. Isto é, quanto menor a quantidade bruta parcelada, menores serão os juros incidentes, já que eles são proporcionais.

Pense no caso de uma casa de R$ 300 mil financiada com juros a 10% ao ano na modalidade SAC. No primeiro mês dessa dívida, os juros seriam de R$ 2.392,24, já que são calculados com base nos R$ 300 mil totais.

Agora, considere que, pelo mesmo bem, foi envolvida uma entrada de R$ 50 mil. Os juros na primeira parcela, para esse caso, são de R$ 1.993,54, já que incidiram sobre R$ 250 mil.

Dado o exemplo, vale considerar economizar uma parte do dinheiro para conseguir uma entrada melhor antes de começar o financiamento. 

Além de diminuir os juros, boas entradas também garantem possibilidades de negociações mais interessantes com as financeiras.

No caso de um financiamento SAC, a tendência é que os juros sempre sigam caindo, considerando valores de cálculo amortizados.

Você entende melhor o conceito de amortização a seguir.

Como diminuir o valor de um financiamento mais rapidamente

Tudo certo. Você já consegue contratar o seu empréstimo. 

O próximo passo é começar os pagamentos. E por mais que simulações e cálculos sejam feitos antes do começo do parcelamento, é possível alterar questões como prazos e valores por meio da amortização.

O que é amortização

Basicamente, a amortização é a redução do valor do bem em um financiamento. E é aí que pode haver uma confusão.

O próprio pagamento feito a cada mês para diminuir a dívida total com a instituição financeira conta como uma amortização da dívida. Isto é, o próprio valor obrigatório que deve ser pago em cada parcela é uma amortização.

Mas, de forma mais técnica, a amortização que fazemos mensalmente não condiz com o valor total que é pago em cada parcela. Pode parecer confuso, mas um exemplo vai auxiliar na compreensão.

Imagine um bem adquirido de R$ 100 mil. Quando se faz um financiamento pela modalidade SAC, o valor das amortizações é sempre o mesmo. Supondo, nesse caso, R$ 1.000.

Portanto, são descontados R$ 1.000 do saldo devedor de R$ 100.000 por mês.

Mas as parcelas não incluem apenas a amortização. Elas também cobram os juros, adicionados de um indexador de correção, como TR ou inflação. 

Então, a cada mês ela será de R$ 1.000 + juros sobre o saldo devedor. 

Como a cada mês o saldo devedor cai, os juros consequentemente também caem, bem como o valor das parcelas.

Como utilizar as amortizações para diminuir o valor do financiamento

Ok, as amortizações são valores que já estão incluídos nas parcelas que devem ser pagas obrigatoriamente todos os meses. Mas, por que muitas vezes ouvimos sobre amortização como o pagamento de valores futuros?

É porque isso também pode acontecer; e também é uma amortização!

Esse tipo de amortização se dá sobre uma parte do débito que não está incluso na parcela corrente. É como se parcelas de outros meses estivessem sendo quitadas.

A ideia é interessante justamente por reduzir o valor gasto em juros. Quando você paga uma fatia do financiamento fora do mês corrente, os juros da próxima cobrança serão menores, já que o cálculo será feito baseado em um saldo devedor também menor.

Nesse caso, o prazo da dívida diminui e o solicitante precisa lidar com a dívida por menos tempo. É mais indicado para quem busca adiantar o fim das prestações.

Também é possível amenizar o valor das parcelas, ao invés de diminuir o prazo. Essa é uma opção mais indicada para pessoas que estão com dificuldades em encaixar o financiamento dentro do orçamento.

Veja duas formas de amortizar o financiamento.

Valores extraordinários

Muitas vezes, as mensalidades de um financiamento já estão incluídas dentro do orçamento mensal de forma bastante apertada.

No entanto, pode ser que valores extraordinários apareçam no rendimento mensal, como 13º salário, PIS/PASEP, renda complementar, horas extras e participações no lucro da empresa.

Nesses casos, é comum para aqueles que possuem um financiamento investir o dinheiro na amortização da dívida, seja para reduzir o prazo ou as parcelas.

FGTS

Outra possibilidade é a utilização do saldo do FGTS para amortização

Por essa opção, é possível utilizar o acumulado do FGTS do trabalhador não apenas no pagamento de parcelas futuras, mas também na liquidação do saque devedor, desde que haja dinheiro o suficiente.

Não existe um limite para essa operação. O importante é entrar em contato com o banco responsável pelo financiamento imobiliário para compreender todas as condições.

(Com Iuri Santos)

Imagem: Maxx-Studio / Shutterstock.com