Santander diz que Nubank deveria valer muito menos para ter recomendação de compra
Fintech estrou seu IPO com papéis vendidos a R$ 11,50, mas já teve queda de 40%
Depois de estrear na bolsa de Nova York em dezembro do ano passado, o Nubank acabou o dia como o maior IPO para investidores de varejo do Brasil até hoje, com uma alta de 14,54% e ações a R$ 11,50. Contudo, pouco mais de 2 meses depois, os papéis vem sendo negociados por um valor bem abaixo, com queda de 40%, e ações a R$ 6,80.
Dessa forma, atualmente, muitos analistas ainda recomendam a compra, enquanto outros deixaram o papel mais de lado. O Santander, por exemplo, disse que o Nubank deveria valer muito menos para ter recomendação de compra.
Santander diz que Nubank deveria valer muito menos para ter recomendação de compra
Ou seja, com os resultados não tão positivos das ações da fintech, muitas casas de análise que cobram a empresa deixaram de recomendar os papeis. De fato, entre as 18 casas envolvidas com o Nubank, 10 recomendam “compra”, 4 recomendam “manutenção” e 4 classificam como “abaixo de mercado”. No caso do Santander, o banco iniciou sua cobertura com uma indicação “abaixo do mercado”.
Assim, para o Santander, o preço-alvo para que as ações do Nubank valessem ser negociadas é de R$ 3,80. Na prática, isso representa um potencial de desvalorização de 44% do preço atual. “Esperamos que o Nubank esteja entre os vencedores de longo prazo na corrida digital, mas vemos riscos de execução significativos no valuation”, explicaram os analistas do Santander.
Por fim, o Santander também revelou que o seu preço-alvo de ações Nubank para o ano de 2022 está 64% abaixo da média proposta pela Bloomberg. No início do mês, o BTG também já havia rebaixado a recomendação do Nubank de neutra para venda. Já o Itaú BBA iniciou a cobertura dos papéis indicando venda.
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Imagem: Diego Thomazini / Shutterstock.com
