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Como separar o dinheiro da empresa e o pessoal?

Separar as finanças pessoais das finanças empresariais é um dos primeiros passos para o sucesso de qualquer companhia

Saber separar o dinheiro da empresa e o pessoal pode ser o que divide empreendedores de sucesso daqueles que não vão tão longe. Por mais incrível que possa parecer, isso tem um impacto profundo nas contas do negócio e, obviamente, em sua sobrevivência no médio e longo prazo.

Este artigo, portanto, tem o objetivo de mostrar qual é a importância de tudo isso. Ao ler o texto, você entenderá melhor o conceito de ambos os tipos de finanças. Depois, verá os fortes motivos que levam à necessidade dessa separação, entendendo os ganhos vindos disso.

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Qual é o conceito de finanças pessoais ou pessoal?

As finanças pessoais (como o próprio nome diz) diz respeito sempre ao fluxo de dinheiro ocorrido para uma determinada pessoa física e sua consequente organização. Dessa forma, podemos entender que organizar o dinheiro recebido e as contas a pagar é o mínimo que um indivíduo pode fazer por seu dinheiro.

Para além disso, podemos incluir diversos outros fatores em um caso de finanças pessoais. Eles vão desde o planejamento para a educação dos filhos, à contratação de um seguro de vida (para caso o provedor da família faltar) e também aos planos de aposentadoria. Isso deve ser feito em todos os casos, ou seja, mesmo que a pessoa seja um empresário (a), as finanças pessoais precisam estar em dia.

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O que significam as finanças empresariais ou dinheiro da empresa?

Já quando falamos de finanças empresariais, ou o dinheiro da empresa, as coisas mudam um pouco de figura, apesar de continuarmos falando de dinheiro. É que nesse caso, estamos nos referindo à organização financeira e patrimonial de uma pessoa jurídica, e não de uma pessoa física como foi demonstrado no tópico anterior.

Em síntese, as finanças empresariais podem ser vistas como o fluxo de caixa de uma companhia. Isso não significa que os conceitos são os mesmos, mas que a representação de um se assemelha muito à do outro. É por meio do fluxo de caixa que uma empresa se organiza financeiramente a ponto de provocar sua expansão ou não.

Também é possível fazer projeções para o futuro, sabendo se será necessário tomar empréstimos ou se o caixa próprio da empresa é suficiente para cumprir os objetivos. A contratação de novos funcionários é um desses objetivos. Como toda empresa tem donos, é nesse momento que é indicado que ocorra uma separação entre as finanças das duas pessoas.

Saiba mais:

Por que separar o dinheiro da empresa do pessoal?

Veja a seguir os principais motivos para fazer uma separação entre as contas do dinheiro da empresa do pessoal. Acompanhe.

Amplia a visão da eficiência do negócio

Muitos empresários ainda têm uma ideia errada de que devem fazer a separação das contas pessoais das contas da empresa apenas quando houver crescimento do negócio. Esse pensamento também vale para a organização do fluxo financeiro, desde as despesas fixas e variáveis até todas as entradas do caixa.

No entanto, esse é um erro muito grande e sua constatação se dá de forma muito fácil: como é possível crescer sem a devida visão do negócio para contratar mais, comprar mais máquinas ou insumos e aumentar a produção. É como estar em um voo às cegas, e isso é muito perigoso.

Portanto, a separação do dinheiro da empresa do pessoal deve se dar o quanto antes, pois assim uma organização já é instalada desde cedo. Dessa forma, a visão sobre a eficiência do negócio se amplia e as chances de crescimento aumentam bastante.

Evita que ocorram problemas legais

Ter problemas com o fisco é algo muito fácil de acontecer caso o dinheiro da empresa não esteja separado do pessoal. E, infelizmente, isso ocorre muito ainda no Brasil, pois justamente pela falta de orientação, o empresariado acha que o dinheiro da empresa é dele. Mas isso não é verdade pois se tratam de duas pessoas diferentes: uma pessoa é física e a outra é jurídica.

Dessa forma, organizar as finanças separando-as é a melhor forma de não ter problemas com a Receita Federal. Isso vale tanto para a empresa quanto para o empresário. Essa constatação é simples de ser comprovada: cada uma dessas pessoas tem um imposto de renda diferente a pagar e caso eles não sejam apurados corretamente, sérios problemas podem acontecer.

Entenda:

Melhora o controle do fluxo de caixa

O fluxo de caixa é o coração de qualquer empresa. Essa comparação serve para entender o quanto ele é importante e muitas vezes ele sequer é levado em consideração. Geralmente isso ocorre (novamente) por falta de instrução do empresariado, que por alguma razão não busca se qualificar e obter novos conhecimentos.

O fluxo de caixa demonstra todas as entradas e saídas da empresa, tanto em tempo presente quanto ao tempo futuro. Outro ponto importante é que ele diz respeito às finanças da empresa, e não do empresário. Assim, ele permite que seja feito uma projeção futura e, consequentemente, previsões para expansão e tomada de crédito, por exemplo.

Separar o dinheiro da empresa do pessoal, portanto, permite ter um fluxo de caixa alinhado com o negócio, impedindo que se recorra a fontes externas de financiamento. Isso significa não pagar juros e aumentar as margens de lucro, melhorando o desempenho financeiro do negócio.

Separar dinheiro da empresa do pessoal ajuda em empréstimos

Por incrível que pareça, alguns empresários desconhecem a diferença entre a pessoa física e a pessoa jurídica. Isso faz com que as contas financeiras sejam misturadas e quando há necessidade de tomar um empréstimo, este ocorra na pessoa física em vez de acontecer na pessoa jurídica. Daí vêm duas consequências.

A primeira delas é a facilidade e velocidade da tomada desses recursos. Geralmente, uma empresa com as contas bem organizadas consegue um empréstimo mais rapidamente. Além disso, temos a segunda consequência, que é justamente o custo desse crédito. Geralmente, a pessoa jurídica paga taxas mais baixas e isso impacta no caixa da empresa. 

Separar o dinheiro da empresa do pessoal é um dos primeiros passos para o sucesso de qualquer companhia. Quem não se organiza logo de início dificilmente o fará quando já tiver crescido, até mesmo porque com mais dinheiro entrando fica mais difícil saber de onde vem e para onde vai. Por isso, o mais indicado é começar cedo.

(Com Ronaldo Araújo)