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Polícia Federal alerta contra golpes usando o nome do PicPay

O PicPay não é a primeira e única instituição a ter seu nome utilizado pelos bandidos, que fazem de tudo para chamar atenção das vítimas.

Tempo estimado de leitura: 5 minutos

Novos relatos do golpe do PicPay levaram a Polícia Federal a fazer um alerta sobre como ocorre a fraude. A partir do anúncio de uma promoção de aniversário da empresa de serviços financeiros, criminosos entram em contato com as vítimas por meio do WhatsApp e prometem um Pix no valor de R$ 200.

Através de uma mensagem atrativa, os criminosos se passam por funcionários e informam que o PicPay está com uma oferta de aniversário e solicitam para que o usuário responda às perguntas que estão no link e também compartilhe com os amigos.

Cabe destacar que o PicPay não é a primeira e única instituição a ter seu nome utilizado pelos bandidos, que fazem de tudo para chamar atenção das vítimas. Recentemente, a Receita Federal precisou emitir um alerta contra golpes de empréstimos após ter seu nome usado por golpistas.

Características do golpe que usa o nome do PicPay

Conforme dito acima, os criminosos se passam por funcionários do PicPay e encaminham links maliciosos para fazer vítimas. Diante do número de casos registrados, a Polícia Federal em Pernambuco divulgou o texto das mensagens enviadas e pediu que as pessoas fiquem atentas ao golpe. Veja abaixo o conteúdo das mensagens.

“Participe e Ganhe! Em comemoração ao nosso Aniversário, preparamos algo diferente, e quem ganha o presente é você! Preparamos um Quiz muito divertido, chegue até o final do Quiz e receba um Pix de R$ 200 reais! 98.971 Pessoas participando agora ? 37.035 Pessoas Receberam R$200 no Pix há 5 minutos”

Após responder as perguntas, uma outra mensagem é enviada, só que dessa vez informando a vítima que ela ganhou promoção e que receberá um Pix de R$ 200. Inclusive, é nessa mesma mensagem que os golpistas disponibilizam um passo a passo para que o valor caia na conta da pessoa.

Entre as condições para recebimento do Pix está a exigência de que o link malicioso seja encaminhado para quatro grupos no WhatsApp. Tudo não passa de um golpe para ter acesso e roubar os dados das vítimas.

Além disso, os bandidos são audaciosos e chegam a informar que compartilhamentos repetidos nos mesmos contatos e/ou contatos não “serão aceitos pelo sistema”. De acordo com os criminosos, o “sistema” tem capacidade de verificar se ocorreu o compartilhamento, por isso as pessoas não devem burlar, para não ficarem sem o Pix.

“Compartilhamentos repetidos nos mesmos grupos/contatos não serão aceitos pelo sistema! Nosso sistema verifica se houve o compartilhamento, portanto não burle, para não perder o pix!”, informam os bandidos.

Criminosos querem roubar dados das vítimas do golpe que utiliza o nome do PicPay, diz PF

Segundo a PF, ao clicar no link disponibilizado e preencher as informações, a pessoa acaba instalando um malware (um vírus), que poderá ter acesso a dados pessoais, a câmera e o microfone do celular, e outros.

Dessa forma, a partir das informações que foram compartilhadas pelas próprias vítimas, os criminosos podem fazer a abertura de contas bancárias para solicitar empréstimos, realizar compras virtuais, acessar cartões de crédito, além de abrir empresas fantasmas.

Cabe destacar que ao cair no golpe, a vítima deve reunir todas provas possíveis de que houve algum tipo de crime. Posteriormente, é necessário ir até uma delegacia de polícia civil para registrar a ocorrência e apresentar as provas. 

O que diz o PicPay

Confira o que disse o PicPay em nota encaminhada ao UOL.

“Não há promoção oferecendo dinheiro para usuários que participarem de um suposto quiz de aniversário da empresa e que a equipe de segurança já solicitou a remoção dos conteúdos fraudulentos. A companhia reforça que todas as promoções são divulgadas apenas na aba de notificação do app ou pelos canais oficiais da instituição. O PicPay preza pela segurança de seus usuários e constantemente reitera orientações para conscientização e prevenção a golpes.”, disse a empresa ao UOL.

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Imagem: Diego Thomazini / Shutterstock.com